Mercado enxerga rombo primário maior em 2017 e 2018
Para este ano, a expectativa passou a ser de rombo primário de 148,036 bilhões de reais, sobre 147,050 bilhões de reais antes
Reuters
Publicado em 11 de maio de 2017 às 11h17.
Brasília - Analistas de mercado pioraram sua visão para o déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) tanto em 2017 quanto em 2018 diante da queda na arrecadação esperada, mostrou o relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira, com base em dados coletados até o início de maio.
Para este ano, a expectativa passou a ser de rombo primário de 148,036 bilhões de reais, sobre 147,050 bilhões de reais antes, acima da meta estabelecida pelo governo de déficit de 139 bilhões de reais.
Para o ano que vem, a meta é de saldo negativo de 129 bilhões de reais, conforme projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Neste caso, o mercado também piorou sua perspectiva de déficit a 125,124 bilhões de reais, ante 123,606 bilhões de reais.
Pelo Prisma, os cálculos para a dívida bruta ficaram praticamente estáveis neste ano a 75,44 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), sobre 75,42 por cento antes. Já para o ano que vem, a expectativa também mudou pouco, caindo a 78,50 por cento, contra 78,53 por cento do relatório do mês passado.
No anexo do projeto da LDO, o governo estimou que a dívida bruta deve subir menos, alcançando 76,9 por cento do PIB no ano que vem.
Pelo documento, a expectativa é que a dívida bruta, vista como importante indicador da saúde das contas públicas, só irá apresentar redução em 2020, ainda que de maneira tímida, passando a 77,7 por cento do PIB.
O Prisma mostrou ainda que, pela mediana das projeções, a receita líquida do governo central deve somar 1,144 trilhão de reais em 2017, frente a 1,146 trilhão de reais esperados antes. Para 2018, as contas são de 1,228 trilhão de reais agora, abaixo do 1,233 trilhão de reais antes.