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Mercado eleva expectativa para a Selic ao fim de 2006

Pesquisa feita um dia depois da divulgação da ata do Copom mostra que o mercado espera redução menor na taxa básica de juros até o fim do ano

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h00.

A cautela mostrada pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) fez com que o mercado revisse para cima a projeção do patamar da taxa básica de juros, hoje em 15,25%, ao fim de 2006. Pesquisa realizada pelo Banco Central (BC) na sexta-feira (9/6) indica que as instituições financeiras elevaram a aposta para a Selic no encerramento do ano para 14,50%, frente a uma previsão na semana anterior de 14,25%.

Para julho, a expectativa é de que os juros caíam a 14,75%, o que representaria um corte de 0,5 ponto percentual na taxa na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 18 e 19 do mês que vem. Se efetivada, a redução confirmará a intenção do governo de desacelerar a flexibilização da política monetária. Depois de cortes sucessivos na Selic de 0,75 ponto percentual, o Copom decidiu-se por uma redução de apenas 0,5 ponto no encontro de maio. A ata desta reunião trouxe sinais de que os membros do comitê estão preocupados com os efeitos sobre a inflação da volatilidade dos mercados internacionais e de que os cortes futuros podem ser conduzidos com mais "parcimônia".

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Com a previsão de uma Selic maior no ano, o mercado reduziu a expectativa de crescimento da indústria em 2006 de 4,50% para 4,28%. Também caiu o nível esperado de investimento externo estrangeiro no ano, de 15,65 bilhões para 15,50 bilhões de dólares. O saldo positivo da balança comercial foi mantido em 40 bilhões.

Inflação

Diante da perspectiva de que o Copom trabalhará para impedir o avanço da inflação, por meio de cortes menores na Selic, as instituições consultadas pelo BC derrubaram a previsão de alta dos preços medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência pelo governo. A expectativa agora é de que o IPCA registre uma inflação de 4,22% no acumulado de 2006 - há uma semana, o patamar esperado era de 4,31%. O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) também teve a projeção reduzida, de 3,48% para 3,04%.

Os índices mais sensíveis à variação do câmbio, no entanto, foram revistos para cima. O Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) deve chegar a 3,15% em 2006 - diante de uma estimativa anterior de 3,12% -, enquanto a expectativa para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu de 3,17% para 3,25%, de acordo com a pesquisa do BC.

A cotação para o dólar foi mantida na perspectiva para 2006 em 2,20 reais. No entanto, para junho, o valor esperado manteve a trajetória de alta vista registrada há quatro semanas e chegou a 2,24 reais.

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