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Meirelles: modificações no BC devem acontecer neste semestre

Segundo o ministro da Fazenda, as modifcações incluem a criação das chamadas reservas remuneradas dos bancos no BC

BC: "estamos em um trabalho conjunto do BC com o Tesouro, com estudos detalhados", comentou (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 19h23.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira, 1, que o governo trabalha em uma melhoria na relação do Tesouro com o Banco Central e que isso inclui a criação das chamadas reservas remuneradas dos bancos no BC.

Segundo ele, essas modificação devem ser implementadas ainda neste semestre.

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"A proposta das reservas remuneradas é viável, bem feita. Estamos em um trabalho conjunto do BC com o Tesouro, com estudos detalhados. A ideia é simplificar e tornar mais racional e eficaz esse relacionamento, no que diz respeito à apropriação de resultados, ao financiamento dos títulos públicos", comentou ao chegar para um evento do Credit Suisse.

"Acreditamos que para esse semestre será possível. Temos uma questão mais abrangente, que é todo o relacionamento entre o BC e a Fazenda, e existe um ponto específico disso que é a questão da captação de recursos pelo BC e a possibilidade de fazer de forma mais eficaz, com instrumentos mais objetivos", acrescentou.

Ele também comentou sobre o pacote de socorro ao Rio de Janeiro, que foi apresentado nesta quarta-feira pelo governo fluminense à Assembleia Legislativa.

"Como vai demandar a aprovação de leis, o Rio entrou com uma ação civil originária no STF, solicitando a antecipação dos efeitos da lei, para que o acordo possa começar a ser implantado com maior rapidez. É uma decisão soberana do Supremo e nós vamos respeitar", comentou.

Questionado sobre as recentes ações de Donald Trump nos EUA, Meirelles disse que o governo brasileiro acompanha os passos da nova administração norte-americana e tem manifestado sua posição a favor de uma maior abertura comercial, de defesa da globalização.

"Não há dúvida de que o governo dos EUA vai tomar as medidas que julgue adequadas para aquele país, e o Brasil vai fazer o mesmo", afirmou.

Segundo Meirelles, a pauta de exportação do Brasil é grande e a abrangência geográfica diversificada. "Não temos uma dependência especial de um determinado produto exportado para os EUA, como acontece com alguns países."

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