Meirelles: Indicadores mostram que economia está em recuperação
Meirelles, que participa do Fórum Econômico Mundial, disse que a economia deve dar sinais de melhora ao longo deste ano
Reuters
Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 18h20.
Última atualização em 16 de janeiro de 2017 às 19h04.
Davos - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , afirmou nesta segunda-feira em Davos , na Suíça, que os indicadores já mostram que a economia brasileira está no caminho da recuperação.
Meirelles, que participa do Fórum Econômico Mundial, disse que a economia deve dar sinais de melhora ao longo deste ano e que os investidores estão mostrando interesse no Brasil.
"Esperamos que a população sinta os efeitos da retomada do crescimento ao longo deste ano", afirmou em entrevista para jornalistas.
Meirelles disse esperar que a economia esteja crescendo a uma taxa de 2 por cento no quarto trimestre deste ano ante o mesmo período do ano passado.
No fim de 2016, quando a equipe econômica revisou as projeções para o PIB, Meirelles chegou a falar numa alta de 2,8 por cento nessa mesma base de comparação.
Nesta segunda-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 0,2 por cento em 2017.
"O FMI tende a ser mais conversador, o mercado no Brasil está com um crescimento um pouco mais acima, de 0,5 por cento, mas certamente o importante é a trajetória de recuperação da economia que parte de um nível muito baixo", disse.
Por enquanto, o Ministério da Fazenda não alterou a perspectiva de crescimento 1 por cento do PIB em 2017. Esse número deve ser revisado nas próximas semanas, disse Meirelles.
"Não sabemos se essa revisão será para baixo", acrescentou Meirelles.
Ajustes dos estados
Meirelles também afirmou que as negociações para o ajuste fiscal do Rio de Janeiro deve ser concluído na próxima segunda-feira, em 23 de janeiro.
"É um ajuste fiscal sério e que eu não tenho certeza que muitos Estados precisem fazer isso", disse.
O ministro afirmou, no entanto, que o governo federal está dispostos a discutir medidas de ajuste com qualquer Estado que apresente dificuldade financeira.