Meirelles diz que PIB deve crescer entre 0,2% e 0,3% no 1º tri
Ministro reiterou ainda que, em termos anualizados, a economia chegará ao quarto tri de 2017 com taxa de crescimento da ordem de 2%.
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de fevereiro de 2017 às 17h33.
São Paulo - O acúmulo de bons indicadores neste começo de ano mostram que, se a economia brasileira ainda não deixou de vez a recessão para trás, já começa a dar os primeiros passos em direção da retomada. E para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e seus auxiliares, esta retomada já se dará neste primeiro trimestre.
Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, publicada hoje jornal "O Globo", o ministro afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer entre 0,2% e 0,3% de janeiro a março.
Meirelles reiterou ainda que, em termos anualizados, a economia chegará ao quarto trimestre de 2017 mostrando uma taxa de crescimento da ordem de 2%. Em entrevista ao Broadcast na sexta-feira, 10, o secretário de Política Monetária da Fazenda, Fabio Kanczuck, fez a mesma previsão e acrescentou que os analistas do mercado financeiro estão pensando da mesma forma que a equipe econômica da pasta.
Ajuda
Meirelles disse ainda ao "Globo" que o bom desempenho da safra agrícola que começou a ser colhida em janeiro será fundamental na retomada econômica prevista pelo governo. Previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada na sexta indica que a safra de grãos deste ano baterá novo recorde, podendo chegar às 221,4 milhões de toneladas. Se confirmada, será uma colheita 20,3% maior que a de 2016, a maior expansão anual desde 2003.
A redução expressiva da taxa de juros já confirmada - a Selic caiu 1,25% desde o início da flexibilização da política monetária em outubro para 13% ao ano - e a expectativa de que poderá cair mais até por volta de 8%, tem sido outro ponto a favor da retomada da economia destacado pela equipe econômica.
Desta vez, portanto, de acordo com as avaliações de especialistas, a recuperação tende a não ser um voo de galinha como fora em outros anos porque o Banco Central está cortando juros.