Economia

Meirelles: alterações na Previdência deverão ser compensadas

"Estamos trabalhando para fazer uma reforma de fato que assegure o equilíbrio fiscal sem aumentar a despesas da Previdência", disse o ministro

Meirelles: ele admitiu que o governo está "discutindo" estabelecer uma idade mínima de 60 anos para professores, policiais federais e civis e trabalhadores rurais (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Meirelles: ele admitiu que o governo está "discutindo" estabelecer uma idade mínima de 60 anos para professores, policiais federais e civis e trabalhadores rurais (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2017 às 12h59.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira, 11, que todos os pontos que o governo está cedendo na reforma da Previdência têm de ser compensados por outros pontos, para assegurar o equilíbrio fiscal.

A declaração foi dada em rápida entrevista após reunião no Palácio do Planalto com o presidente Michel Temer e líderes partidários da Câmara.

"Estamos trabalhando para fazer uma reforma de fato que tenha condições de assegurar o equilíbrio fiscal e não aumentar a despesas da Previdência como proporção ao PIB. Senão, não conseguimos equilibrar as contas. Não é uma questão de não poder fazer isso versus aquilo. Tudo que se cede um ponto te que compensado em outro. Esse é o problema", afirmou o ministro.

Meirelles admitiu que o governo está "discutindo" estabelecer uma idade mínima de 60 anos para professores, policiais federais e civis e trabalhadores rurais se aposentarem, e não de 65 anos, como previsto para os demais trabalhadores. "Estamos discutindo" disse.

Ele afirmou que o governo também está debatendo manter as regras atuais de pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a pessoas com deficiência.

Idade mínima

O ministro reforçou seu posicionamento contra estabelecer uma idade mínima menor para mulheres. A bancada feminina no Congresso cobra que, em vez de 65 anos, a idade mínima para mulheres se aposentarem seja de "no máximo" 63 anos.

"Não está na pauta", afirmou Meirelles, acrescentando que a mudança impactaria "bastante" no resultado da reforma esperado pelo governo.

Resistência

Após a reunião com os líderes e o presidente Temer no Planalto, o ministro disse acreditar que a resistência dos parlamentares em relação à reforma está diminuindo e que será mais fácil aprová-la no Congresso.

"Acho que vai aprovar", disse. Além dos líderes e ministros, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), participou do encontro.

Acompanhe tudo sobre:Henrique MeirellesMichel TemerReforma da Previdência

Mais de Economia

China amplia déficit e intensifica políticas fiscais para crescimento em 2025

Pix não será taxado em 2025: entenda as novas regras de monitoramento da Receita Federal

Rui Costa diz que eventos climáticos levaram inflação de 2024 para fora do teto

Em 26 anos do regime de inflação, BC descumpriu a meta em 8; carne, café e gasolina pesaram em 2024