Economia

Meirelles acredita em crescimento no último trimestre

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que as condições para a retomada da atividade econômica, a partir do último trimestre do ano, "já estão dadas". Meirelles afirmou que é necessário, entretanto, criar condições para um crescimento sustentável da economia no longo prazo. Ele destacou que o governo Lula vem demonstrando um compromisso com […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h11.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que as condições para a retomada da atividade econômica, a partir do último trimestre do ano, "já estão dadas". Meirelles afirmou que é necessário, entretanto, criar condições para um crescimento sustentável da economia no longo prazo.

Ele destacou que o governo Lula vem demonstrando um compromisso com a estabilidade macroeconômica, requisito essencial para o crescimento sustentado. O presidente do Banco Central destacou também a importância do ajuste fiscal com a adoção de uma meta de superávit de 4,25% no PIB para 2003. Ele explicou que a obtenção de consistentes superávits primários deverá possibilitar uma forte diminuição da relação dívida/PIB (Produto Interno Bruto).

Meirelles lembrou que em 2002 essa relação superou a marca de 60%. O presidente do Banco Central disse que o déficit em transações correntes deve ficar este ano em US$ 4,2 bilhões, resultado, na avaliação de Meirelles do processo de ajuste nas contas externas.

O presidente do Banco Central discursou na Associação das Empresas Distribuidoras de Valores (Adeval), em São Paulo, nesta sexta-feira (15/8). As informações são da Agência Brasil.

Para Meirelles, a aprovação da reforma da previdência em primeiro turno "é um grande avanço", já que permite que as necessidades de financiamento do setor público pesem menos sobre a poupança privada, por liberar um volume maior de recursos para o setor produtivo. Ele defendeu também, na Adeval, uma estrutura tributária mais simples e eficiente, capaz de permitir o estímulo ao investimento.

O presidente do BC terminou seu discurso dizendo que " o Banco Central sabe qual é o seu papel nesse processo (de crescimento). É um papel que exercemos com olhos voltados não só para a justa ansiedade da semana, mas para a próxima década".

Copom

Meirelles disse que não faria nenhum comentário sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai ocorrer na próxima semana. "O BC não dá indicações sobre decisões futuras ou mesmo declarações que possam ser interpretadas como indicações sobre decisões futuras", afirmou.

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nas próximas quarta e quinta-feira (20 e 21/8) estimula os comentários sobre a futura taxa de juros básicos. O economista Fernando Pinto, da Global Invest, acredita que haverá uma redução de pelo menos 1,5 ponto percentual, assim como ocorreu na reunião do mês de julho. Desse modo, a Selic ficaria em 23% ao ano.

"Todos os indicadores de mercado apontam para o controle da inflação, que tem sido o grande temor da autoridade monetária, e o setor produtivo precisa retomar seu crescimento", comenta o especialista. Ele disse, ainda, que não vê qualquer entrave contra uma redução significatica da taxa Selic, o que servirá para aplainar o rumo a uma taxa abaixo de 20% ao ano no final de 2003.

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