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Medidas do governo são negativas do ponto de vista macro

Pacote para o setor elétrico é negativo do ponto de vista macroeconômico, avaliou o JPMorgan

Eletricidade: solução "criativa" encontrada pelo governo não aliviou as expectativas para a inflação no longo prazo (REUTERS/Paulo Santos)
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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 14h39.

São Paulo - O pacote de medidas para o setor elétrico anunciado pelo governo na quinta-feira, com o objetivo de mitigar os altos gastos de curto prazo das distribuidoras com a compra de energia, é negativo do ponto de vista macroeconômico, avaliou o JPMorgan nesta sexta-feira.

Na visão dos analistas do banco, apesar de ter evitado um aumento da conta de luz no curto prazo, a solução "criativa" encontrada pelo governo não aliviou as expectativas para a inflação no longo prazo, manteve altas as incertezas do ponto de vista fiscal e gerou mais necessidade de financiamento colocando pressão nos mercados.

"Colocando de lado eventuais impactos positivos para empresas específicas do setor de energia, nossa avaliação macroeconômica sobre o pacote...é negativa", escreveram analistas do JPMorgan em e-mail enviado a clientes.

O governo anunciou na quinta-feira que irá realizar um leilão de energia existente para reduzir a exposição das distribuidoras aos preços altos de energia no curto prazo, aportará 4 bilhões de reais do Tesouro para ajudar as distribuidora e permitirá que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) contrate empréstimos no mercado de até 8 bilhões de reais para completar a ajuda necessária.

"A ressalva fiscal aqui é quanto desse financiamento será fornecido pelos bancos públicos, o que, por sua vez, pode elevar as necessidades de aporte do Tesouro Nacional nos bancos públicos, aumentando a dívida bruta pública", escreveram.

Além disso, avaliaram os analistas, o governo falhou em dar um quadro mais transparente e sustentável para tratar do problema da eletricidade e não deu sinal de preço para os consumidores, o que poderia contribuir para conter a demanda e aliviar os riscos de racionamento.

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Na visão dos analistas do banco, apesar de ter evitado um aumento da conta de luz no curto prazo, a solução "criativa" encontrada pelo governo não aliviou as expectativas para a inflação no longo prazo, manteve altas as incertezas do ponto de vista fiscal e gerou mais necessidade de financiamento colocando pressão nos mercados.

"Colocando de lado eventuais impactos positivos para empresas específicas do setor de energia, nossa avaliação macroeconômica sobre o pacote...é negativa", escreveram analistas do JPMorgan em e-mail enviado a clientes.

O governo anunciou na quinta-feira que irá realizar um leilão de energia existente para reduzir a exposição das distribuidoras aos preços altos de energia no curto prazo, aportará 4 bilhões de reais do Tesouro para ajudar as distribuidora e permitirá que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) contrate empréstimos no mercado de até 8 bilhões de reais para completar a ajuda necessária.

"A ressalva fiscal aqui é quanto desse financiamento será fornecido pelos bancos públicos, o que, por sua vez, pode elevar as necessidades de aporte do Tesouro Nacional nos bancos públicos, aumentando a dívida bruta pública", escreveram.

Além disso, avaliaram os analistas, o governo falhou em dar um quadro mais transparente e sustentável para tratar do problema da eletricidade e não deu sinal de preço para os consumidores, o que poderia contribuir para conter a demanda e aliviar os riscos de racionamento.

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