MCM: BC não considerou alta da gasolina em IPCA de 2013
Para o economista Fernando Genta, dificilmente inflação será de 4,8% no ano que vem
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 09h22.
São Paulo - O economista-chefe da MCM, Fernando Genta, ponderou que dificilmente será alcançada a previsão de alta do IPCA de 4,8% em 2013, manifestada pelo cenário de referência do relatório de inflação de dezembro. "Mais do que não levar em consideração uma alta da gasolina, que para nós ficará próxima a 10% na bomba, o Banco Central trabalha com uma hipótese de superávit primário cheio ao redor de 3,10% do PIB para o ano que vem", disse. "Contudo, com a continuidade da política de desonerações fiscais é muito mais provável que o superávit ficará ao redor de 2,5% do PIB", destacou.
Segundo ele, somente a elevação do combustível deve agregar ao IPCA 0,35 ponto porcentual no próximo ano. Na sua avaliação, esse fator, mais a poupança menor do Orçamento, devem levar aquele índice de preços oficial para uma marca perto de 5,5% no ano que vem.
De acordo com Genta, as projeções do BC contidas no cenário de referência que mostram a inflação ao redor de 5% até o fim de 2014 indicam que o "Banco Central está confortável com o IPCA" naquele patamar. O relatório divulgado nesta quinta-feira mostra que o índice deve fechar este ano em 5,7%, baixar para 4,8% no ano que vem e apresentar um incremento de 4,9% em 2014. "Este conforto com a inflação nestes níveis está relacionado ao fato de que o BC tem também outros objetivos. Além do crescimento do PIB, que não é uma exclusividade deste Banco Central, há também preocupação com a taxa de câmbio", destacou.
De acordo com Genta, para que o BC levasse o IPCA ao centro da meta de 4,5%, seria necessário uma dose muito forte de elevação de juros ainda no primeiro trimestre de 2013 de 1 ponto porcentual. No entanto, ele não acredita que esse aumento vá acontecer, pois estima que a autoridade monetária já deu muito sinais de que manterá a Selic estável em 7,25% até o fim do próximo ano.
São Paulo - O economista-chefe da MCM, Fernando Genta, ponderou que dificilmente será alcançada a previsão de alta do IPCA de 4,8% em 2013, manifestada pelo cenário de referência do relatório de inflação de dezembro. "Mais do que não levar em consideração uma alta da gasolina, que para nós ficará próxima a 10% na bomba, o Banco Central trabalha com uma hipótese de superávit primário cheio ao redor de 3,10% do PIB para o ano que vem", disse. "Contudo, com a continuidade da política de desonerações fiscais é muito mais provável que o superávit ficará ao redor de 2,5% do PIB", destacou.
Segundo ele, somente a elevação do combustível deve agregar ao IPCA 0,35 ponto porcentual no próximo ano. Na sua avaliação, esse fator, mais a poupança menor do Orçamento, devem levar aquele índice de preços oficial para uma marca perto de 5,5% no ano que vem.
De acordo com Genta, as projeções do BC contidas no cenário de referência que mostram a inflação ao redor de 5% até o fim de 2014 indicam que o "Banco Central está confortável com o IPCA" naquele patamar. O relatório divulgado nesta quinta-feira mostra que o índice deve fechar este ano em 5,7%, baixar para 4,8% no ano que vem e apresentar um incremento de 4,9% em 2014. "Este conforto com a inflação nestes níveis está relacionado ao fato de que o BC tem também outros objetivos. Além do crescimento do PIB, que não é uma exclusividade deste Banco Central, há também preocupação com a taxa de câmbio", destacou.
De acordo com Genta, para que o BC levasse o IPCA ao centro da meta de 4,5%, seria necessário uma dose muito forte de elevação de juros ainda no primeiro trimestre de 2013 de 1 ponto porcentual. No entanto, ele não acredita que esse aumento vá acontecer, pois estima que a autoridade monetária já deu muito sinais de que manterá a Selic estável em 7,25% até o fim do próximo ano.