Economia

Matriz do Bankia admite perdas de 3,318 bilhões de euros em 2011

A matriz do Bankia atribuiu assim 1,561 bilhão de euros em perdas à sua participação nessa última

A instituição referiu-se assim aos 19 bilhões de euros de ajuda pública que o Bakia pediu na sexta-feira para seu saneamento (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

A instituição referiu-se assim aos 19 bilhões de euros de ajuda pública que o Bakia pediu na sexta-feira para seu saneamento (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2012 às 23h25.

Madri - O BFA, matriz do banco espanhol Bankia, admitiu nesta segunda-feira perdas consolidadas de 3,318 bilhoes de euros em 2011, informou a instituição em comunicado às autoridades dos mercados espanhóis.

"O Conselho de Administração do BFA continuou hoje com a reformulação das contas consolidadas do ano 2011", afirmou o BFA em comunicado, segundo o qual "estas contas registram um resultado líquido negativo de 3,318 bilhões de euros".

O BFA, que havia anunciado anteriormente perdas consolidadas em 2011 de cerca de 30 milhões de euros, nasceu na união de sete caixas de poupança, que posteriormente concordaram com uma segregação pela qual o Bankia, do qual o BFA possui 52,4%, ficou com o negócio bancário e as participações associadas ao negócio financeiro e os ativos e passivos que havia recebido das sete caixas.

A matriz do Bankia atribuiu assim 1,561 bilhão de euros em perdas à sua participação nessa última, que anunciou na sexta-feira perdas de 2,979 bilhões de euros em 2011, enquanto atribui "o restante das perdas aos acionistas minoritários", segundo a mesma fonte.

O BFA completou que o "impacto dessa quantidade (os 3,318 bilhões de euros) está dentro do plano de saneamento e recapitalização do Grupo BFA anunciado na última sexta-feira. Dessa forma, as perdas estão completamente cobertas pela injeção de capital que o Estado fará no BFA".

A instituição referiu-se assim aos 19 bilhões de euros de ajuda pública que o Bakia pediu na sexta-feira para seu saneamento.

O Estado espanhol comprometeu-se a aportar todos os fundos necessários para BFA-Bankia, que representa 10% do sistema financiero espanhol, pelo que é considerado um banco "sistêmico", cuja eventual quebra contaminaria todo o setor, fragilizado pela explosão da bolsa imobiliária em 2008.

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