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Mantega diz que não tolerará demissões e que GM está contratando

A GM, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, pode demitir 1.500 trabalhadores de uma de suas linhas de produção

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, presente no Reuters Latam Investment Summit em maio de 2012 (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 16h48.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , disse nesta sexta-feira que não vai admitir a dispensa de trabalhadores em setores favorecidos com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

"Não vou tolerar o descumprimento do acordo de não demissão nos setores beneficiados pela redução do IPI", afirmou o ministro por meio de sua assessoria no Ministério da Fazenda.

A assessoria informou, por outro lado, que Mantega mantém a posição de considerar que a General Motors está cumprindo o acordo de não cortar empregos -- firmado nas negociações para redução da alíquota do IPI de veículos no final de maio -- por não ter registrado demissões líquidas.

A GM, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, pode demitir 1.500 trabalhadores de uma de suas linhas de produção no complexo da montadora na cidade, no interior de São Paulo.

Segundo a assessoria do ministro, a declaração desta sexta-feira é uma resposta aos protestos realizados na véspera contra as eventuais demissões na unidade da GM. Nos protestos, os metalúrgicos reclamaram do posicionamento manifestado por Mantega no início da semana.


Na última terça-feira, após encontro com o diretor de relações institucionais da montadora, Luiz Moan, o ministro considerou que a GM está cumprindo o acordo por não ter registrado demissões líquidas. A GM tem afirmado que tem promovido contratações de trabalhadores em fábricas como São Caetano do Sul (SP), Gravataí (RS) e Joinville (SC).

Mantega disse que há problemas localizados em São José dos Campos (SP), mas que não caberia ao governo entrar em detalhes sobre a questão. "O que nos interessa é que GM tenha saldo positivo e esteja contratando, e isso está sendo cumprido", disse.

As declarações desagradaram os metalúrgicos. O sindicato enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff criticando as afirmações de Mantega e afirmando que "todo o esforço feito até agora para evitar as demissões, inclusive por autoridades do seu governo, corre o risco de ter sido em vão".

Na terça-feira, a entidade afirmou que a GM fechou 1.189 postos de trabalho no país no período de um ano até junho. Do total, 1.044 empregos foram cortados em São José dos Campos, segundo a entidade.

A redução do IPI para automóveis foi anunciada em 21 de maio e vale até 31 de agosto. Embora Mantega tenha dito que não há intenção de renovar o benefício, fonte da área econômica informou à Reuters que o governo pode manter a redução por mais dois meses.

Ainda segundo a assessoria de Mantega, a declaração desta sexta-feira é direcionada a todos os setores favorecidos com a redução do IPI. Entre outros segmentos da economia beneficiados por redução do imposto estão as indústrias de produtos de linha branca e de móveis .

No sábado, GM, sindicato e autoridades estaduais e federais se reúnem em São José dos Campos para discutir o destino da linha ameaçada no complexo industrial da montadora na cidade.

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Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , disse nesta sexta-feira que não vai admitir a dispensa de trabalhadores em setores favorecidos com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

"Não vou tolerar o descumprimento do acordo de não demissão nos setores beneficiados pela redução do IPI", afirmou o ministro por meio de sua assessoria no Ministério da Fazenda.

A assessoria informou, por outro lado, que Mantega mantém a posição de considerar que a General Motors está cumprindo o acordo de não cortar empregos -- firmado nas negociações para redução da alíquota do IPI de veículos no final de maio -- por não ter registrado demissões líquidas.

A GM, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, pode demitir 1.500 trabalhadores de uma de suas linhas de produção no complexo da montadora na cidade, no interior de São Paulo.

Segundo a assessoria do ministro, a declaração desta sexta-feira é uma resposta aos protestos realizados na véspera contra as eventuais demissões na unidade da GM. Nos protestos, os metalúrgicos reclamaram do posicionamento manifestado por Mantega no início da semana.


Na última terça-feira, após encontro com o diretor de relações institucionais da montadora, Luiz Moan, o ministro considerou que a GM está cumprindo o acordo por não ter registrado demissões líquidas. A GM tem afirmado que tem promovido contratações de trabalhadores em fábricas como São Caetano do Sul (SP), Gravataí (RS) e Joinville (SC).

Mantega disse que há problemas localizados em São José dos Campos (SP), mas que não caberia ao governo entrar em detalhes sobre a questão. "O que nos interessa é que GM tenha saldo positivo e esteja contratando, e isso está sendo cumprido", disse.

As declarações desagradaram os metalúrgicos. O sindicato enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff criticando as afirmações de Mantega e afirmando que "todo o esforço feito até agora para evitar as demissões, inclusive por autoridades do seu governo, corre o risco de ter sido em vão".

Na terça-feira, a entidade afirmou que a GM fechou 1.189 postos de trabalho no país no período de um ano até junho. Do total, 1.044 empregos foram cortados em São José dos Campos, segundo a entidade.

A redução do IPI para automóveis foi anunciada em 21 de maio e vale até 31 de agosto. Embora Mantega tenha dito que não há intenção de renovar o benefício, fonte da área econômica informou à Reuters que o governo pode manter a redução por mais dois meses.

Ainda segundo a assessoria de Mantega, a declaração desta sexta-feira é direcionada a todos os setores favorecidos com a redução do IPI. Entre outros segmentos da economia beneficiados por redução do imposto estão as indústrias de produtos de linha branca e de móveis .

No sábado, GM, sindicato e autoridades estaduais e federais se reúnem em São José dos Campos para discutir o destino da linha ameaçada no complexo industrial da montadora na cidade.

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