Mantega descarta mais medidas de restrição a crédito
Ministro da Fazenda acredita que ritmo de crescimento do país deve diminuir no segundo trimestre
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2011 às 13h25.
Sâo Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou nesta sexta-feira a adoção de mais medidas macroprudenciais sobre o crédito neste momento, dizendo que a economia já está em desaceleração.
"Não há necessidade de mais medidas macroprudenciais nesse momento", afirmou Mantega a jornalistas, em entrevista convocada pelo ministério para comentários sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre.
A economia cresceu 1,3 por cento no primeiro trimestre sobre o final de 2010. Mas os indicadores antecedentes já apontam para uma acomodação do ritmo de crescimento a partir do segundo trimestre.
"Se nós olharmos um pouco mais adiante... nós vamos perceber que a economia brasileira desacelerou um pouco mais, e portanto, o segundo trimestre desse ano vai ter um crescimento menor", acrescentou Mantega.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, já havia afirmado mais cedo que o crescimento se encontra em um patamar "mais condizente" com o equilíbrio interno e externo. O BC decide sobre o juro na semana que vem.
Mantega fez uma ponderação especial, no entanto, sobre medidas prudenciais que tenham relação com o capital externo. "Ainda estamos observando", afirmou.
Segundo o ministro, o Brasil não tem tido o mesmo ingresso expressivo de capitais no começo do ano, mas o governo está atento à possibilidade de que a chegada de dólares aumente e valorize o real.
A principal medida macroprudencial adotada sobre o crédito pelo governo recentemente foi a elevação dos depósitos compulsórios, em dezembro do ano passado. Em março e abril, o governo concentrou esforços em barrar a entrada excessiva de capitais no país por meio da elevação de impostos.
No começo do ano, as medidas macroprudenciais eram citadas pelo Banco Central como uma das principais armas no combate à inflação. Sem conseguir frear as expectativas inflacionárias, o BC passou a dar mais peso para a política monetária tradicional --alta de juros-- em declarações recentes. Já são três altas seguidas da Selic neste ano, e a maior parte do mercado espera pelo menos mais duas.
Sâo Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou nesta sexta-feira a adoção de mais medidas macroprudenciais sobre o crédito neste momento, dizendo que a economia já está em desaceleração.
"Não há necessidade de mais medidas macroprudenciais nesse momento", afirmou Mantega a jornalistas, em entrevista convocada pelo ministério para comentários sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre.
A economia cresceu 1,3 por cento no primeiro trimestre sobre o final de 2010. Mas os indicadores antecedentes já apontam para uma acomodação do ritmo de crescimento a partir do segundo trimestre.
"Se nós olharmos um pouco mais adiante... nós vamos perceber que a economia brasileira desacelerou um pouco mais, e portanto, o segundo trimestre desse ano vai ter um crescimento menor", acrescentou Mantega.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, já havia afirmado mais cedo que o crescimento se encontra em um patamar "mais condizente" com o equilíbrio interno e externo. O BC decide sobre o juro na semana que vem.
Mantega fez uma ponderação especial, no entanto, sobre medidas prudenciais que tenham relação com o capital externo. "Ainda estamos observando", afirmou.
Segundo o ministro, o Brasil não tem tido o mesmo ingresso expressivo de capitais no começo do ano, mas o governo está atento à possibilidade de que a chegada de dólares aumente e valorize o real.
A principal medida macroprudencial adotada sobre o crédito pelo governo recentemente foi a elevação dos depósitos compulsórios, em dezembro do ano passado. Em março e abril, o governo concentrou esforços em barrar a entrada excessiva de capitais no país por meio da elevação de impostos.
No começo do ano, as medidas macroprudenciais eram citadas pelo Banco Central como uma das principais armas no combate à inflação. Sem conseguir frear as expectativas inflacionárias, o BC passou a dar mais peso para a política monetária tradicional --alta de juros-- em declarações recentes. Já são três altas seguidas da Selic neste ano, e a maior parte do mercado espera pelo menos mais duas.