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Maior projeto da história da Vale inicia fase de testes

S11D deve entrar em operação na segunda metade do ano, em Canaã dos Carajás, Pará

Canaã dos Carajás (PA): maior projeto da mineradora Vale iniciou fase de testes na cidade, e deve entrar em operação ainda este ano (Reprodução/Facebook/Prefeitura de Canaã dos Carajás (PA))
DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 16h06.

Rio de Janeiro - A Vale deu início à fase de testes do bilionário projeto S11D, em Canaã dos Carajás ( PA ), com o acionamento de uma correia transportadora de 9,5 km que levará o minério de ferro à usina de beneficiamento, equipamento considerado a "espinha dorsal" do maior empreendimento da história da mineradora .

O S11D tem previsão para entrar em operação na segunda metade do ano, acrescentando capacidade de produção anual de 90 milhões de toneladas de minério de ferro, 26 por cento da produção atual da empresa.

O ritmo da extração, no entanto, será administrado de acordo com as condições do mercado internacional.

O primeiro teste em um equipamento de grande porte do projeto teve início no fim de janeiro, quando foi ligado o chamado Transportador de Correia de Longa Distância (TCLD), que será responsável por levar o minério da Floresta Nacional de Carajás, onde está à mina, para a planta de beneficiamento.

"Ele (o TCLD) já está sendo alimentado por energia elétrica de fato, os motores já estão acionados e a gente costuma dizer que o equipamento já está vivo... São testes padrões de obra e até agora está indo tudo muito bem", disse à Reuters o diretor de implantação de ferrosos norte da Vale, Jamil Sebe.

A usina de beneficiamento foi construída fora da floresta, para minimizar os impactos ambientais, e a construção do TCLD contribuiu substituindo os cerca de 100 caminhões de grande porte que seriam necessários para transportar a produção.

Com ele, a empresa reduz em 70 por cento o consumo de diesel do projeto e diminui em 50 por cento as emissões de gases. "Esse equipamento é um elo, é a espinha dorsal do projeto no contexto de transporte de minério para ser beneficiado", frisou.

Outras máquinas e equipamentos também já estão em teste nos pátios da usina de beneficiamento, que irá separar o minério de ferro a seco, evitando a necessidade de captação de água no local e a construção de uma barragem de rejeitos.

A tecnologia de separação, adotada a partir da construção de uma peneira específica para o projeto, foi possível graças a alta qualidade do minério do S11D.

Juntas, segundo Sebe, a mina e a usina do S11D já têm 80 por cento das obras concluídas.

Sebe explicou que a Vale planeja encerrar, no primeiro semestre, os testes dos equipamentos sem carga para que no segundo semestre possam ser feitos os testes com carga, seguidos pelo início da operação, já com a capacidade completa.

Entretanto, o ritmo da produção do minério de ferro vai depender do comportamento do mercado, que sofre pressionado com a elevada oferta da commodity, o que tem derrubado os preços.

"O projeto vai estar capacitado para 90 milhões (de toneladas) sim, implantado e 'startado', mas ela (a Vale) quer administrar essa curva de ramp up de acordo com o mercado", afirmou Sebe, evitando dar detalhes sobre os planos.

Após o beneficiamento, para que a commodity chegue aos clientes, em grande parte siderúrgicas chinesas, o minério de ferro do S11D será transportado por ferrovia até o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM), em São Luís.

As obras de um ramal ferroviário de 101 km, que irá conectar a usina à Estrada de Ferro Carajás (ECF), devem ser concluídas até agosto.

Com a conclusão do S11D, que soma investimentos de 14,4 bilhões de dólares, o custo operacional do Sistema Norte da Vale ficará abaixo dos atuais 10 dólares por tonelada métrica seca(dmt), segundo dados publicados pela mineradora brasileira. O custo operacional considera o minério entregue no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira.

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O S11D tem previsão para entrar em operação na segunda metade do ano, acrescentando capacidade de produção anual de 90 milhões de toneladas de minério de ferro, 26 por cento da produção atual da empresa.

O ritmo da extração, no entanto, será administrado de acordo com as condições do mercado internacional.

O primeiro teste em um equipamento de grande porte do projeto teve início no fim de janeiro, quando foi ligado o chamado Transportador de Correia de Longa Distância (TCLD), que será responsável por levar o minério da Floresta Nacional de Carajás, onde está à mina, para a planta de beneficiamento.

"Ele (o TCLD) já está sendo alimentado por energia elétrica de fato, os motores já estão acionados e a gente costuma dizer que o equipamento já está vivo... São testes padrões de obra e até agora está indo tudo muito bem", disse à Reuters o diretor de implantação de ferrosos norte da Vale, Jamil Sebe.

A usina de beneficiamento foi construída fora da floresta, para minimizar os impactos ambientais, e a construção do TCLD contribuiu substituindo os cerca de 100 caminhões de grande porte que seriam necessários para transportar a produção.

Com ele, a empresa reduz em 70 por cento o consumo de diesel do projeto e diminui em 50 por cento as emissões de gases. "Esse equipamento é um elo, é a espinha dorsal do projeto no contexto de transporte de minério para ser beneficiado", frisou.

Outras máquinas e equipamentos também já estão em teste nos pátios da usina de beneficiamento, que irá separar o minério de ferro a seco, evitando a necessidade de captação de água no local e a construção de uma barragem de rejeitos.

A tecnologia de separação, adotada a partir da construção de uma peneira específica para o projeto, foi possível graças a alta qualidade do minério do S11D.

Juntas, segundo Sebe, a mina e a usina do S11D já têm 80 por cento das obras concluídas.

Sebe explicou que a Vale planeja encerrar, no primeiro semestre, os testes dos equipamentos sem carga para que no segundo semestre possam ser feitos os testes com carga, seguidos pelo início da operação, já com a capacidade completa.

Entretanto, o ritmo da produção do minério de ferro vai depender do comportamento do mercado, que sofre pressionado com a elevada oferta da commodity, o que tem derrubado os preços.

"O projeto vai estar capacitado para 90 milhões (de toneladas) sim, implantado e 'startado', mas ela (a Vale) quer administrar essa curva de ramp up de acordo com o mercado", afirmou Sebe, evitando dar detalhes sobre os planos.

Após o beneficiamento, para que a commodity chegue aos clientes, em grande parte siderúrgicas chinesas, o minério de ferro do S11D será transportado por ferrovia até o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM), em São Luís.

As obras de um ramal ferroviário de 101 km, que irá conectar a usina à Estrada de Ferro Carajás (ECF), devem ser concluídas até agosto.

Com a conclusão do S11D, que soma investimentos de 14,4 bilhões de dólares, o custo operacional do Sistema Norte da Vale ficará abaixo dos atuais 10 dólares por tonelada métrica seca(dmt), segundo dados publicados pela mineradora brasileira. O custo operacional considera o minério entregue no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira.

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