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Maior diamante azul pode ser arrematado por US$ 45 milhões

O maior diamante azul da categoria vívido fantasia já oferecido em leilão será colocado à venda em 18 de maio pela Christie’s

Diamante azul: designação “vívido fantasia” significa que o diamante tem a cor azul de saturação mais clara e intensa possível (Toby Melville/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2016 às 22h53.

O maior diamante azul da categoria vívido fantasia já oferecido em leilão será colocado à venda em 18 de maio pela Christie’s em Genebra.

A pedra de 14,62 quilates chamada "Oppenheimer Blue" recebeu o sobrenome de seu antigo dono, Sir Philip Oppenheimer — herdeiro da família que controlou a De Beers por 80 anos antes de vender sua participação de 40 por cento para a Anglo American por US$ 5,1 bilhões em 2012.

A designação “vívido fantasia” significa que o diamante tem a cor azul de saturação mais clara e intensa possível. O preço de venda é estimado entre US$ 38 milhões e US$ 45 milhões.

O leilão acontece em um momento ruim para o mercado mundial de joias. De acordo com a Euromonitor International, as vendas caíram mais de 4 por cento em 2015, de US$ 38,5 bilhões para US$ 36,9 bilhões. Porém, o topo do mercado tem demonstrado resistência consistente e vem quebrando recordes.

Durante a última década, foram registrados lances gigantescos por diamantes coloridos em leilões. Existe uma longa história de cobiça por diamantes coloridos, sendo o Hope Diamond o exemplo mais famoso.

Em 2008, a joalheria londrina Graff pagou à Christie’s na mesma cidade US$ 24,3 milhões, o maior valor até então, por um diamante fantasia de cor entre azul e cinza.

Dois anos depois, a Graff quebrou outro recorde ao pagar à Sotheby’s em Genebra US$ 45,6 milhões por um diamante rosa de 24,78 quilates. No ano passado, o bilionário de Hong Kong Joseph Lau quebrou aquele recorde ao pagar US$ 48,4 milhões por um diamante azul fantasia de 12,03 quilates à Sotheby’s em Genebra (na noite anterior, ele pagou US$ 28,5 milhões por um diamante rosa de 16,08 quilates à Christie’s; segundo relatos, as duas joias, compradas por um total de US$ 77 milhões, seriam presentes para a filha de Lau, então com sete anos de idade).

A oferta do Oppenheimer Blue acontecerá pouco depois de outro negócio com potencial para quebrar recordes. Um diamante azul de 9,54 quilates que já pertenceu à atriz Shirley Temple será colocado à venda pela Sotheby’s em Nova York em abril por US$ 35 milhões. O diamante Oppenheimer, porém, tem potencial para quebrar todos os recordes até hoje.

O Oppenheimer tem um quilate a mais do que o recordista anterior. É extremamente raro, dado que menos de 0,0001 por cento de todos os diamantes extraídos são azuis, segundo a Christie’s. Outra qualidade única é sua procedência — a família Oppenheimer fundou a Organização Central de Vendas, com sede em Londres, um cartel apoiado pela De Beers que manteve os preços globais por mais de meio século.

“Só é possível atingir as cores mais fortes em formatos tradicionais, como o Oppenheimer azul vívido de 15 quilates, com uma cor intrínseca altamente saturada do diamante bruto", escreveu Tom Moses, vice-presidente executivo do Instituto de Gemologia da América. "A cor e a clareza desse diamante azul, juntamente com seu corte tradicional e procedência, são verdadeiramente excepcionais."

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O maior diamante azul da categoria vívido fantasia já oferecido em leilão será colocado à venda em 18 de maio pela Christie’s em Genebra.

A pedra de 14,62 quilates chamada "Oppenheimer Blue" recebeu o sobrenome de seu antigo dono, Sir Philip Oppenheimer — herdeiro da família que controlou a De Beers por 80 anos antes de vender sua participação de 40 por cento para a Anglo American por US$ 5,1 bilhões em 2012.

A designação “vívido fantasia” significa que o diamante tem a cor azul de saturação mais clara e intensa possível. O preço de venda é estimado entre US$ 38 milhões e US$ 45 milhões.

O leilão acontece em um momento ruim para o mercado mundial de joias. De acordo com a Euromonitor International, as vendas caíram mais de 4 por cento em 2015, de US$ 38,5 bilhões para US$ 36,9 bilhões. Porém, o topo do mercado tem demonstrado resistência consistente e vem quebrando recordes.

Durante a última década, foram registrados lances gigantescos por diamantes coloridos em leilões. Existe uma longa história de cobiça por diamantes coloridos, sendo o Hope Diamond o exemplo mais famoso.

Em 2008, a joalheria londrina Graff pagou à Christie’s na mesma cidade US$ 24,3 milhões, o maior valor até então, por um diamante fantasia de cor entre azul e cinza.

Dois anos depois, a Graff quebrou outro recorde ao pagar à Sotheby’s em Genebra US$ 45,6 milhões por um diamante rosa de 24,78 quilates. No ano passado, o bilionário de Hong Kong Joseph Lau quebrou aquele recorde ao pagar US$ 48,4 milhões por um diamante azul fantasia de 12,03 quilates à Sotheby’s em Genebra (na noite anterior, ele pagou US$ 28,5 milhões por um diamante rosa de 16,08 quilates à Christie’s; segundo relatos, as duas joias, compradas por um total de US$ 77 milhões, seriam presentes para a filha de Lau, então com sete anos de idade).

A oferta do Oppenheimer Blue acontecerá pouco depois de outro negócio com potencial para quebrar recordes. Um diamante azul de 9,54 quilates que já pertenceu à atriz Shirley Temple será colocado à venda pela Sotheby’s em Nova York em abril por US$ 35 milhões. O diamante Oppenheimer, porém, tem potencial para quebrar todos os recordes até hoje.

O Oppenheimer tem um quilate a mais do que o recordista anterior. É extremamente raro, dado que menos de 0,0001 por cento de todos os diamantes extraídos são azuis, segundo a Christie’s. Outra qualidade única é sua procedência — a família Oppenheimer fundou a Organização Central de Vendas, com sede em Londres, um cartel apoiado pela De Beers que manteve os preços globais por mais de meio século.

“Só é possível atingir as cores mais fortes em formatos tradicionais, como o Oppenheimer azul vívido de 15 quilates, com uma cor intrínseca altamente saturada do diamante bruto", escreveu Tom Moses, vice-presidente executivo do Instituto de Gemologia da América. "A cor e a clareza desse diamante azul, juntamente com seu corte tradicional e procedência, são verdadeiramente excepcionais."

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