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Maia diz que reoneração deve poupar setores que geram empregos

Proposta para o texto do projeto que retoma a cobrança de tributos da folha de pagamentos não é compartilhada com o governo, segundo o presidente da Câmara

Maia: "Não é muito a cabeça da equipe econômica, porque quem tem mais recursos desonerados, são quem gera mais emprego" (Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 26 de março de 2018 às 21h02.

Última atualização em 26 de março de 2018 às 21h03.

O presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato à Presidência da República, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta segunda-feria que o projeto que retoma a cobrança de tributos da folha de pagamentos e vários setores da economia, a chamada reoneração, não inclua aqueles que geram mais empregos.

Segundo Maia, essa posição não é compartilhada pela equipe econômica do presidente Michel Temer, que vê naqueles setores com mais empregados uma chance de aumentar suas receitas.

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"Vamos tentar construir (um texto) mantendo, do meu ponto de vista, os setores que geram mais empregos", disse o presidente da Câmara a jornalistas.

"Não é muito a cabeça da equipe econômica, porque na verdade quem tem mais recursos desonerados, são efetivamente quem gera mais emprego. Então tem um problema para se resolver o texto."

O deputado disse ter conversado com Temer sobre o assunto e recebeu dele a garantia que da parte do governo não há interesse em destinar parte dos recursos da reoneração ao fundo eleitoral.

O presidente da Câmara tem defendido que esses recursos sejam destinados à segurança pública.

Inicialmente, o governo estimava levantar 8,8 bilhões de reais com a medida, que enfrenta forte resistência do empresariado. Mas o relator da proposta na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (PCdoB-SP), já sinalizou que abrirá espaço para que mais empresas continuem com o benefício fiscal, reduzindo os ganhos para os cofres públicos com a proposta.

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