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Macron diz a Trump que nacionalismo econômico também prejudicará os EUA

Macron: a decisão de estabelecer essas tarifas é "ilegal" porque vai contra as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e constitui um "erro"

Presidente francês, Emmanuel Macron (Charles Platiau/Reuters)
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EFE

Publicado em 1 de junho de 2018 às 08h14.

Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, telefonou na noite de quinta-feira para Donald Trump para manifestar seu descontentamento pelas tarifas impostas às importações de aço e alumínio europeus, e dizer que o nacionalismo econômico prejudicará todo mundo, também os Estados Unidos.

O Palácio do Eliseu explicou hoje que durante a conversa Macron lembrou ao presidente americano que a decisão de estabelecer essas tarifas é "ilegal" porque vai contra as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e constitui um "erro", porque o "nacionalismo econômico penalizará todo o mundo, inclusive os Estados Unidos".

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Macron também ressaltou que a União Europeia (UE) reagirá com "as medidas apropriadas, de forma firme e proporcional, conforme as regras da OMC".

Como já fez na sexta-feira passada durante abertura da reunião ministerial da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o presidente francês admitiu que embora haja "graves problemas no comércio internacional", "o único caminho viável" para solucioná-lo é "reforçar juntos as regras" que o regem.

A esse respeito, sua proposta é que a UE, os Estados Unidos, a China e o Japão discutam como reformar a OMC para agilizar seu funcionamento sem perder o caráter multilateral.

Em primeiro lugar, afirmou hoje o Governo francês, seria preciso reabsorver os excessos de capacidades, enquadrar as subvenções e proteger melhor a propriedade intelectual.

Macron considerou ontem que os EUA, com suas tarifas ao aço e ao alumínio importado desde a UE, o México e o Canadá, responde "da pior maneira", "fragmentado" e com nacionalismo econômico.

O presidente francês apontou que seu predecessor François Mitterrand (1981-1995), no último discurso perante o Parlamento Europeu, tinha advertido que "o nacionalismo é a guerra": "É exatamente o que aconteceu nos anos 30", concluiu Macron.

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