Congonhas: De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a falha no abastecimento de energia da torre foi causada por um incêndio na linha de transmissão (RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/Agência Estado)
Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 11h50.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2024 às 10h07.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, revelou nesta segunda-feira, 26, que o governo federal vai anunciar um investimento de R$ 2 bilhões para o aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo, a ser feito pela concessionária Aena. O anúncio deve acontecer no dia 18 de março, em evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).
"A pedido do presidente Lula, vamos acelerar o plano de investimentos aeroportuários no Brasil. A prioridade é o aeroporto de Congonhas", disse Costa Filho, durante entrevista ao programa Macro em Pauta, da EXAME.
Segundo o chefe da pasta, o investimento deve acontecer entre três e quatro anos, com objetivo de aumentar a capacidade e melhorar a infraestrutura e o acesso ao aeroporto na capital paulista. Costa Filho não detalhou qual seria o ganho de capacidade do aeroporto com os investimentos.
"[Vamos] Aumentar um pouco a capacidade, melhorar a infraestrutura de atendimento ao passageiro e dar mais conforto para quem utiliza o aeroporto. Queremos também melhorar as entradas e estruturar melhor o acesso ao local. São investimentos vão mudar significativamente a qualidade do aeroporto de Congonhas em São Paulo". Costa Filho disse ainda que o projeto foi apresentado ao governo federal e o governo estadual e está em ajustes finais.
Além dos investimentos no aeroporto de Congonhas, o ministro reforçou a ideia da construção de um novo aeroporto no estado de São Paulo, que ficaria localizado no munícipio de Cajamar, e investimentos no aeroporto de Guarulhos.
Costa Filho apontou que em 10 anos os aeroportos de São Paulo estarão com a capacidade máxima. Ele disse que a estimativa do ministério que é em até três anos o número de passageiros chegue em 135 milhões. Em 2023, a aviação cresceu 15, saindo de 98 milhões de passageiros para 112 milhões. O estado de São Paulo, segundo o ministro, representa até 30% desse total.
"Daqui a 8 a 10 anos, os aeroportos de São Paulo estarão operando no limite, a exemplo de Congonhas. Pensando nisso, porque qualquer aeroporto demora de cinco a dez anos para ficar pronto, iniciamos a tratativa com a CCR, já tem alguns operadores com interesse em operar. Criamos um grupo de trabalho no ministério", disse.
O ministro disse que a ideia é que o aeroporto atenda tanto o transporte de cargas, por estar localizado próximo de rodovias e ferrovias, quanto para passageiros. "Você vai ter uma parte do interior do estado de São Paulo que pode utilizar esse aeroporto ao invés de ir para Congonhas. Essa é uma prioridade do ministério", disse.