Durante toda sua campanha à reeleição para presidência da República, Lula acenou para a continuidade dos pontos que considerou fortes em seu governo: crescimento das exportações e do crédito, queda no risco Brasil, redução do desemprego e da miséria. Em seu plano de governo para os próximos quatro anos constam objetivos como a queda da taxa básica de juros (Selic) dos atuais 13,75% para 5% ao ano, a substituição dos impostos em cascata por um único tributo e investimentos na expansão da malha de gasodutos.

A ausência do candidato nos debates do primeiro turno das eleições, no entanto, abriu margem para críticas dos rivais e pode ter sido um dos fatores que possibilitou o crescimento de cerca de 20 pontos percentuais do tucano Geraldo Alckmin nas urnas, levando ao segundo turno a disputa que já era dada como ganha pelos petistas.

Na segunda rodada, porém, Lula participou de incontáveis debates, entrevistas e sabatinas. No primeiro embate com Alckmin, na TV Band, o petista teve que enfrentar questões sobre suspeitas de corrupção e caixa dois em seu governo. Mas nem o "mensalão", a queda de ministros e integrantes do PT ou a descoberta dos planos de compra de um dossiê contra candidatos do PSDB às vésperas das eleições impediram que Lula voltasse a subir nas pesquisas.

Na última sexta-feira (27/10), o Ibope informou que a diferença na intenção de votos entre ele e Alckmin havia subido para 24 pontos percentuais - o dobro do verificado no início do segundo turno.

Propostas

O Portal EXAME entrou em contato com a coordenação da campanha de Lula para descobrir as propostas e medidas práticas para os seguintes temas econômicos:

• ajuste fiscal;
• política monetária;
• comércio exterior e câmbio;
• reforma tributária;
• desburocratização;
• infra-estrutura;
• política industrial

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