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Lula diz que problemas econômicos do país estão praticamente resolvidos

Em sua primeira entrevista coletiva no segundo mandato, o presidente acredita que o ritmo da economia do país não deve mudar e queda nos juros pode acontecer

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h43.

Não ocorrerão mudanças no ritmo da política econômica nos próximos anos. Esse foi o principal recado na área econômica da primeira entrevista coletiva concedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo mandato. Logo no início, antes de começarem as perguntas, Lula deixou claro que não considera que existam mais os problemas na economia que herdou no primeiro mandato. "Vocês não tem mais que perguntar a mim sobre estabilidade econômica, sobre credibilidade externa, estabilidade e vulnerabildiade, porque essas coisas estão praticamente resolvidas", avisou o presidente. Ao longo das duas horas de entrevista, quando enveredava para a área econômica, a mensagem era de que não há porque mudar a forma de condução da economia, que levou ao "atual período de tranquilidade".
Ao se referir à política cambial, Lula avisou que o câmbio continuará sendo flutuante. "A gente diz que o real está valorizado sem reconhecer que o dólar está se desvalorizando. Não podemos resolver problema do câmbio como alguns querem que a gente resolva. O Câmbio continuará sendo flutuante", afirmou o presidente. O ajuste virá, segundo ele, quando aumentarem as importações de bens de capital. "Não existem milagres", avisou. Para reduzir os problemas dos setores que mais são afetados pelo dólar barato, o presidente disse que fará sua parte. "Pode aumentar sua alíquota de produtos importados, já fizemos no setor têxtil, poderemos fazer para outros setores. Mas não tem como o governo, em um passe de mágica, dizer que para competir com um determinado país o dólar vai ser tanto", afirmou Lula. O presidente ressaltou ainda a importância da inovação na indústria. "Ao mesmo tempo, nós temos que incentivar essas empresas a adotarem inovação tecnológica, porque seremos mais competitivos com mais tecnologia moderna", disse.
Colocando a China como principal competidor brasileiro no mundo globalizado, Lula explicou a estratégia do governo brasileiro de apoiar sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC), considerando-a economia de mercado. A decisão foi bastante criticada na época. "Nós precisamos levar a China para a OMC e fazer com que a China faça um debate junto com todos os demais países que concorrem com ela, o que não pode é a China ficar de fora, do jeito que está hoje", disse.
Outro recado importante foi em relação à autonomia do Banco Central para tocar a política monetária. Lula reafirmou que não irá interferir nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, para forçar a queda mais rápida da taxa básica de juros. A  taxa atual, lembrou, é a mais baixa da história e sua tendência é cair ainda mais. "Vamos manter o BC funcionando do jeito que está funcionado. A economia está crescendo e o juro vai cair, e vai chegar a um patamar que todo mundo sonha", disse.

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Não ocorrerão mudanças no ritmo da política econômica nos próximos anos. Esse foi o principal recado na área econômica da primeira entrevista coletiva concedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo mandato. Logo no início, antes de começarem as perguntas, Lula deixou claro que não considera que existam mais os problemas na economia que herdou no primeiro mandato. "Vocês não tem mais que perguntar a mim sobre estabilidade econômica, sobre credibilidade externa, estabilidade e vulnerabildiade, porque essas coisas estão praticamente resolvidas", avisou o presidente. Ao longo das duas horas de entrevista, quando enveredava para a área econômica, a mensagem era de que não há porque mudar a forma de condução da economia, que levou ao "atual período de tranquilidade".
Ao se referir à política cambial, Lula avisou que o câmbio continuará sendo flutuante. "A gente diz que o real está valorizado sem reconhecer que o dólar está se desvalorizando. Não podemos resolver problema do câmbio como alguns querem que a gente resolva. O Câmbio continuará sendo flutuante", afirmou o presidente. O ajuste virá, segundo ele, quando aumentarem as importações de bens de capital. "Não existem milagres", avisou. Para reduzir os problemas dos setores que mais são afetados pelo dólar barato, o presidente disse que fará sua parte. "Pode aumentar sua alíquota de produtos importados, já fizemos no setor têxtil, poderemos fazer para outros setores. Mas não tem como o governo, em um passe de mágica, dizer que para competir com um determinado país o dólar vai ser tanto", afirmou Lula. O presidente ressaltou ainda a importância da inovação na indústria. "Ao mesmo tempo, nós temos que incentivar essas empresas a adotarem inovação tecnológica, porque seremos mais competitivos com mais tecnologia moderna", disse.
Colocando a China como principal competidor brasileiro no mundo globalizado, Lula explicou a estratégia do governo brasileiro de apoiar sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC), considerando-a economia de mercado. A decisão foi bastante criticada na época. "Nós precisamos levar a China para a OMC e fazer com que a China faça um debate junto com todos os demais países que concorrem com ela, o que não pode é a China ficar de fora, do jeito que está hoje", disse.
Outro recado importante foi em relação à autonomia do Banco Central para tocar a política monetária. Lula reafirmou que não irá interferir nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, para forçar a queda mais rápida da taxa básica de juros. A  taxa atual, lembrou, é a mais baixa da história e sua tendência é cair ainda mais. "Vamos manter o BC funcionando do jeito que está funcionado. A economia está crescendo e o juro vai cair, e vai chegar a um patamar que todo mundo sonha", disse.
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