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Lula diz que Galípolo terá autonomia no BC: 'Se ele falar que tem que aumentar juros, ótimo'

Presidente comentou sua indicação durante uma entrevista para rádio de João Pessoa (PB)

(Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 30 de agosto de 2024 às 09h31.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o indicado para presidência do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, terá autonomia para trabalhar caso assuma o cargo após a sabatina no Senado.

"Ele é muito competente, e vai trabalhar com a autonomia que trabalhou oMeireles, e com a autonomia que eu dou para o pessoal, até porque agora ele tem um mandato, quando ele passar no Senado vai ter um mandato de quatro anos, o mesmo de um presidente da República. Obviamente que isso dá a ele o direito de fazer as coisas corretas", disse Lula em entrevista ao programa Hora H, na Rádio MaisPB, de João Pessoa (PB) nesta sexta-feira, 30.

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Segundo o presidente, não será necessário trocar o presidente da autoridade monetária, caso ele faça o seu trabalho corretamente.

"Você não tem que trocar o presidente do Banco Central se ele estiver fazer as coisas corretas, se tiver que baixar juros, baixa, se tiver que aumentar, aumenta, mas tem que ter explicação", ressaltou o presidente.

Nesta quarta-feira o governo anunciou a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do BC. Atualmente ele é diretor de Política Monetária, o cargo responsável por definir as operações no mercado de câmbio.

Galípolo assumirá a chefia do BC no lugar de Roberto Campos Neto, que deixará o cargo no fim do ano. Ele ainda precisará ser sabatinado e ter seu nome aprovado pelo Senado. Caso seja efetivamente nomeado, ficará no cargo por quatro anos, podendo ser reconduzido por mais quatro.

Em seu primeiro pronunciamento como escolhido para liderar o BC, Galípolo afirmou que a indicação era "uma honra, um prazer e uma imensa responsabilidade".

"A indicação ainda depende da aprovação do Senado, então vou ser breve para respeitar a institucionalidade. Mas quero dizer que, na mesma magnitude, é uma honra, um prazer e uma responsabilidade imensa ser indicado à presidência do BC pelo ministro Fernando Haddad e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É uma honra enorme, uma grande responsabilidade e estou muito contente", disse o diretor.

Poucos meses após ter assumido como secretário-executivo do Ministério da Fazenda do terceiro mandato do governo Lula, Galípolo deixou o cargo para integrar a diretoria do Banco Central, por indicação da Fazenda. Ele havia assumido o posto de número 2 de Haddad depois de integrar a equipe de transição e ser peça importante na campanha de Lula.

Quem são os ministros do governo Lula

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