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Light conta com governo para cobrir gastos até fim do ano

Companhia descarta a possibilidade de não obter mais ajuda do governo federal para cobrir gastos de sua distribuidora

Cabos de transmissão de energia: governo autorizou empréstimo da CCEE com bancos no total de R$ 11,2 bilhões para distribuidoras (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 18h04.

São Paulo - A Light descarta a possibilidade de não obter mais ajuda do governo federal para cobrir gastos de sua distribuidora por exposição no mercado de energia de curto prazo até o final do ano, num momento em que recursos obtidos até agora para esse fim estão terminando.

"Não estamos nem contemplando essa possibilidade de não ter aporte adicional pelo governo", disse o presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, em teleconferência com analistas nesta sexta-feira.

O governo federal já repassou recursos do Tesouro Federal e autorizou empréstimo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) com bancos no total de 11,2 bilhões de reais para apoiar as distribuidoras.

No entanto, a expectativa é que os recursos durem apenas até junho, para cobrir gastos das distribuidoras referentes ao mês de abril.

A distribuidora da Light recebeu 1,16 bilhão de reais no primeiro trimestre deste ano da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e da Conta ACR para cobrir os custos da energia mais cara.

O presidente da Light disse que acredita que o governo federal vai sustentar a política de ajudar as distribuidoras de energia até o final do ano, mas disse que não há posicionamento sobre se haverá ajuda para as geradoras de energia.

Ele avalia que a ajuda às distribuidoras está sendo tratada como prioridade neste momento. "Mas acho que isso (ajuda às geradoras) está numa pauta seguinte à pauta das distribuidoras", disse.

As geradoras também devem sofrer neste ano com a redução da participação das hidrelétricas para poupar o nível dos reservatórios, sendo que as empresas sem sobra de energia para cumprir contratos podem também ter que arcar com fortes custos no curto prazo.

A Light teve forte aumento no lucro líquido do primeiro trimestre, a 181 milhões de reais, principalmente pelo desempenho do segmento de geração com venda de energia no mercado de curto prazo, além de um crescimento de 7,8 por cento no consumo de energia na área de concessão da distribuidora.

A relação dívida líquida/Ebitda da companhia passou de 2,84 vezes em dezembro de 2013 para 2,9 vezes em março deste ano, num patamar mais próximo dos limites estabelecidos em contratos de dívida que é de 3 vezes.

Mas os executivos explicaram que isso não é uma preocupação, já que a empresa ainda está dentro do limite acordado e a violação de métricas financeiras estabelecidas em contratos (covenants) só ocorre após a empresa ultrapassar o limite por dois trimestres consecutivos.

Além disso, a Light tem realizado novas captações de dívida nas quais os limites de covenants estão estabelecidos em patamares mais altos, em cerca de 3,5 vezes, informaram os executivos.

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São Paulo - A Light descarta a possibilidade de não obter mais ajuda do governo federal para cobrir gastos de sua distribuidora por exposição no mercado de energia de curto prazo até o final do ano, num momento em que recursos obtidos até agora para esse fim estão terminando.

"Não estamos nem contemplando essa possibilidade de não ter aporte adicional pelo governo", disse o presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, em teleconferência com analistas nesta sexta-feira.

O governo federal já repassou recursos do Tesouro Federal e autorizou empréstimo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) com bancos no total de 11,2 bilhões de reais para apoiar as distribuidoras.

No entanto, a expectativa é que os recursos durem apenas até junho, para cobrir gastos das distribuidoras referentes ao mês de abril.

A distribuidora da Light recebeu 1,16 bilhão de reais no primeiro trimestre deste ano da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e da Conta ACR para cobrir os custos da energia mais cara.

O presidente da Light disse que acredita que o governo federal vai sustentar a política de ajudar as distribuidoras de energia até o final do ano, mas disse que não há posicionamento sobre se haverá ajuda para as geradoras de energia.

Ele avalia que a ajuda às distribuidoras está sendo tratada como prioridade neste momento. "Mas acho que isso (ajuda às geradoras) está numa pauta seguinte à pauta das distribuidoras", disse.

As geradoras também devem sofrer neste ano com a redução da participação das hidrelétricas para poupar o nível dos reservatórios, sendo que as empresas sem sobra de energia para cumprir contratos podem também ter que arcar com fortes custos no curto prazo.

A Light teve forte aumento no lucro líquido do primeiro trimestre, a 181 milhões de reais, principalmente pelo desempenho do segmento de geração com venda de energia no mercado de curto prazo, além de um crescimento de 7,8 por cento no consumo de energia na área de concessão da distribuidora.

A relação dívida líquida/Ebitda da companhia passou de 2,84 vezes em dezembro de 2013 para 2,9 vezes em março deste ano, num patamar mais próximo dos limites estabelecidos em contratos de dívida que é de 3 vezes.

Mas os executivos explicaram que isso não é uma preocupação, já que a empresa ainda está dentro do limite acordado e a violação de métricas financeiras estabelecidas em contratos (covenants) só ocorre após a empresa ultrapassar o limite por dois trimestres consecutivos.

Além disso, a Light tem realizado novas captações de dívida nas quais os limites de covenants estão estabelecidos em patamares mais altos, em cerca de 3,5 vezes, informaram os executivos.

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