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Lagarde: não se deve descartar saída da Grécia do euro

Em uma entrevista à emissora de televisão "France 24", Lagarde assinalou que, se o governo grego não respeitar os compromissos que contraiu, "terá de proceder a revisões"

Lagarde aposta em uma política monetária que favoreça o crédito e, nesse sentido, disse que o Banco Central Europeu "tem margem" para reduzir suas taxas de juros (Marcello Casal Jr/ABr)
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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 16h11.

Paris - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou nesta terça-feira que a possibilidade de a Grécia sair da zona do euro "seria uma situação extremamente custosa e com grandes riscos, mas que somos obrigados a analisar de um ponto de vista técnico".

Em uma entrevista à emissora de televisão "France 24", Lagarde assinalou que, se o governo grego não respeitar os compromissos que contraiu, "terá de proceder a revisões", entre as quais não descartou "uma saída ordenada" da zona do euro.

A outra possibilidade, segundo ela, seria "conceder tempo e financiamento suplementares", mas isso caberia aos demais membros da zona do euro decidir.

Lagarde indicou que o futuro governo grego deve respeitar o essencial desses compromissos e lembrou que as ações adotadas até agora pela Grécia correspondem a seis pontos de seu Produto Interno Bruto (PIB).

A autoridade máxima do FMI, de passagem por Paris, afirmou ter se reunido com o novo presidente francês, François Hollande. Para Lagarde, é preciso buscar uma forma de conciliar as metas de crescimento propostas por Hollande com a austeridade defendida pela chanceler alemã, Angela Merkel.

"Nos parece imperativo consolidar o orçamento para reduzir o déficit e diminuir o peso da dívida de todas as economias avançadas. Mas facilitar o crescimento é indispensável para reduzir o déficit e permitir a criação de empregos", indicou.

A responsável do FMI se mostrou convencida de que Hollande e Merkel chegarão a um acordo.

Lagarde aposta em uma política monetária que favoreça o crédito e, nesse sentido, disse que o Banco Central Europeu "tem margem" para reduzir suas taxas de juros.

No entanto, ela destacou que a prioridade é a redução do déficit, que tem de ocorrer de forma mais rápida nos países em situação mais grave, como Grécia e Espanha, do que em outros como a França. "É preciso enfrentar reformas estruturais. É um imperativo. Não dão resultados em três meses, mas a médio prazo. Espanha e Itália já o fizeram".

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Em uma entrevista à emissora de televisão "France 24", Lagarde assinalou que, se o governo grego não respeitar os compromissos que contraiu, "terá de proceder a revisões", entre as quais não descartou "uma saída ordenada" da zona do euro.

A outra possibilidade, segundo ela, seria "conceder tempo e financiamento suplementares", mas isso caberia aos demais membros da zona do euro decidir.

Lagarde indicou que o futuro governo grego deve respeitar o essencial desses compromissos e lembrou que as ações adotadas até agora pela Grécia correspondem a seis pontos de seu Produto Interno Bruto (PIB).

A autoridade máxima do FMI, de passagem por Paris, afirmou ter se reunido com o novo presidente francês, François Hollande. Para Lagarde, é preciso buscar uma forma de conciliar as metas de crescimento propostas por Hollande com a austeridade defendida pela chanceler alemã, Angela Merkel.

"Nos parece imperativo consolidar o orçamento para reduzir o déficit e diminuir o peso da dívida de todas as economias avançadas. Mas facilitar o crescimento é indispensável para reduzir o déficit e permitir a criação de empregos", indicou.

A responsável do FMI se mostrou convencida de que Hollande e Merkel chegarão a um acordo.

Lagarde aposta em uma política monetária que favoreça o crédito e, nesse sentido, disse que o Banco Central Europeu "tem margem" para reduzir suas taxas de juros.

No entanto, ela destacou que a prioridade é a redução do déficit, que tem de ocorrer de forma mais rápida nos países em situação mais grave, como Grécia e Espanha, do que em outros como a França. "É preciso enfrentar reformas estruturais. É um imperativo. Não dão resultados em três meses, mas a médio prazo. Espanha e Itália já o fizeram".

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