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Lagarde alerta sobre "contágio" se Grécia abandonar Eurozona

A diretora do FMI mencionou a possibilidade de um aumento da ajuda europeia ao país para evitar a situação

"Se os gregos não querem pagar o preço de sua manutenção na Eurozona, alguém deverá pagar", explicou Lagarde (Oli Scarff/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2012 às 09h05.

Londres - A diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, advertiu para o risco de "contágio" no caso de saída da Grécia da Eurozona, e mencionou a possibilidade de um aumento da ajuda europeia ao país para evitar a situação.

"Uma saída da Grécia da Eurozona não é em absoluto a opção mais favorável nem a que estimulamos", destacou Lagarde em uma entrevista concedida à BBC.

"Há um problema com esta opção e é o risco de contágio a partir de um membro isolado que seria deixado de lado em relação aos outros membros da Eurozona que querem seguir nela, cujos sócios querem que permaneça e que estão fazendo tudo correto", completou.

Questionada sobre o que aconteceria se os gregos rejeitarem a austeridade, a diretora gerente do FMI mencionou entre as opções possíveis que os outros membros do bloco aumentem a ajuda ao país.

"Se os gregos não querem pagar o preço de sua manutenção na Eurozona, alguém deverá pagar", explicou.

"É possível que os membros da Eurozona manifestem a disposição de respaldar financeiramente em maior medida, e talvez durante mais tempo, a Grécia porque consideram a integridade da Eurozona suficientemente benéfica para justificar um investimento maior".

Ser membro da zona do euro "tem um preço", recordou, no entanto, Lagarde.

"O povo grego tem feito enormes esforços, mas tem que fazer mais", completou, antes de mencionar a necessidade de mais reformas estruturais".

Os gregos comparecerão às urnas novamente em 17 de junho, depois que as eleições de 6 de maio não permitiram a nenhum partido obter a maioria parlamentar para formar um governo.

O partido de esquerda radical Syriza, favorito nas pesquisas, quer manter o euro, mas critica a austeridade imposta ao país em contrapartida pela ajuda financeira do FMI e da União Europeia.

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"Há um problema com esta opção e é o risco de contágio a partir de um membro isolado que seria deixado de lado em relação aos outros membros da Eurozona que querem seguir nela, cujos sócios querem que permaneça e que estão fazendo tudo correto", completou.

Questionada sobre o que aconteceria se os gregos rejeitarem a austeridade, a diretora gerente do FMI mencionou entre as opções possíveis que os outros membros do bloco aumentem a ajuda ao país.

"Se os gregos não querem pagar o preço de sua manutenção na Eurozona, alguém deverá pagar", explicou.

"É possível que os membros da Eurozona manifestem a disposição de respaldar financeiramente em maior medida, e talvez durante mais tempo, a Grécia porque consideram a integridade da Eurozona suficientemente benéfica para justificar um investimento maior".

Ser membro da zona do euro "tem um preço", recordou, no entanto, Lagarde.

"O povo grego tem feito enormes esforços, mas tem que fazer mais", completou, antes de mencionar a necessidade de mais reformas estruturais".

Os gregos comparecerão às urnas novamente em 17 de junho, depois que as eleições de 6 de maio não permitiram a nenhum partido obter a maioria parlamentar para formar um governo.

O partido de esquerda radical Syriza, favorito nas pesquisas, quer manter o euro, mas critica a austeridade imposta ao país em contrapartida pela ajuda financeira do FMI e da União Europeia.

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