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Laços com China são bons para América Latina

Augusto de la Torre, economista-chefe do Banco Mundial, destacou o que descreveu como mudança notável na America Latina

Lula e o presidente da China, Hu Jintao, que esteve no Brasil na metade deste mês para assinar acordos de cooperação. (.)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2010 às 09h44.

Miami - Os laços estreitos com a China ajudaram muitos países latino-americanos a sair da crise financeira global de forma muito melhor do que o esperado, disse na terça-feira uma autoridade do Banco Mundial.

Destacando o que descreveu como uma "mudança notável", Augusto de la Torre, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina, disse que a "conexão com a China" estava ajudando a região a avançar para uma recuperação rápida.

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Há apenas 10 anos, a influência econômica da China era praticamente inexistente na América Latina, que foi dominada por muito tempo pelos Estados Unidos e suas relações políticas e comerciais, disse de la Torre.

Agora, porém, a China substituiu os Estados Unidos como o principal parceiro comercial de países como Brasil e Peru. De la Torre disse que a China é o principal motor para o crecimento de muitos países.

"Todos esperávamos que a América Latina faria o habitual, que é pegar pneumonia quando os Estados Unidos se resfria", disse ele. "Desta vez, foi o contrário; os Estados Unidos tiveram pneumonia grave e a América Latina realmente teve um resfriado leve", acrescentou.

"Os países que estão se recuperando agora mais rapidamente são os países que estão mais relacionados a essa conexão asiática através de commodities e diretamente por meio de relações comerciais com a China", disse de la Torre, citando Brasil, Peru, Chile, Colômbia, Panamá, Costa Rica e Argentina.

"Essa conexão asiática ligou alguns países da região a um polo de crescimento que parece ter um motor própio".

O Banco Mundial estima que a economia brasileira, que tem o maior crescimento da região, crescerá cerca de 5,5 por cento neste ano.

Mas de la Torre disse à Reuters que não se surpreenderia se a expansão fosse mais alinhada com as projeções de alguns economistas para uma expansão de até 7 por cento.

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