Economia

Juros e inadimplência no mercado de crédito sobem em janeiro

No mês passado, informou o BC, a inadimplência no segmento de recursos livres subiu a 5 por cento, ante 4,9 por cento em dezembro

Banco Central: em outubro de 2016, o BC deu início ao atual ciclo de afrouxamento monetário e que levou a Selic de 14,25 por cento para o atual patamar de 6,75 por cento, mínima histórica (Ueslei Marcelino/Reuters)

Banco Central: em outubro de 2016, o BC deu início ao atual ciclo de afrouxamento monetário e que levou a Selic de 14,25 por cento para o atual patamar de 6,75 por cento, mínima histórica (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 14h44.

São Paulo - Apesar do forte movimento de queda nos juros básicos feito pelo Banco Central, as taxas de juros no mercado de crédito brasileiro subiram em janeiro, bem como a inadimplência, em meio à fraca recuperação do mercado de trabalho.

No mês passado, informou o BC nesta segunda-feira, a inadimplência no segmento de recursos livres subiu a 5 por cento, ante 4,9 por cento em dezembro. Ao mesmo tempo, o spread bancário --diferença entre o custo de captação dos bancos e taxa efetivamente cobrada ao consumidor final-- foi a 32,9 pontos percentuais, alta de 1,1 ponto sobre o mês anterior, interrompendo dois meses de queda.

A taxa média de juros, por sua vez, subiu 0,8 ponto, a 41,1 por cento, no segmento de recursos livres, no qual as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras.

Em outubro de 2016, o BC deu início ao atual ciclo de afrouxamento monetário e que levou a Selic de 14,25 por cento para o atual patamar de 6,75 por cento, mínima histórica. E muitos agente econômicos acreditam que a taxa básica de juros será reduzida mais uma vez em março, em meio ao cenário de inflação fraca.

O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil recuou 0,8 por cento em janeiro sobre dezembro, a 3,066 trilhões de reais, passando a 46,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Em 12 meses, o estoque diminuiu 0,3 por cento. Para 2018, o BC prevê que o saldo geral de financiamentos irá crescer 3 por cento no país, voltando ao azul após dois anos de queda.

 

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