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Juros de contratos longos cedem por estímulos mistos

No fim da sessão regular, os contratos com prazos mais longos mostravam baixa ante os ajustes de sexta-feira, mas o movimento era limitado

"A confiança do consumidor veio um pouco mais fraca e o relatório Focus estava de certa forma neutro. Então o movimento de hoje (das taxas dos DIs) é normal", comentou Paulo Petrassi (Marcelo Camargo/ABr)
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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2013 às 17h36.

São Paulo - Em dia com baixo volume, as taxas dos contratos futuros de juros oscilaram em margens estreitas nesta segunda-feira. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) mostrou aceleração da inflação na terceira quadrissemana de março, a confiança do consumidor caiu neste mês, o que trouxe estímulos divergentes para as taxas dos Depósitos Interfinanceiros. No exterior, o mercado seguia pesado à tarde, em meio a renovadas preocupações com o resgate do Chipre.

No fim da sessão regular, os contratos com prazos mais longos mostravam baixa ante os ajustes de sexta-feira, mas o movimento era limitado. A taxa do contrato futuro de juros com vencimento em julho de 2013 (65.710 contratos negociados) estava em 7,15%, igual ao ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2014 (167.835 contratos) marcava 7,78%, ante 7,77% do ajuste, enquanto o vencimento para janeiro de 2015 (114.060 contratos) tinha taxa de 8,51%, ante 8,52%. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (66.840 contratos) marcava 9,33%, ante 9,37% do ajuste, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 (8.875 contratos) tinha taxa de 9,86%, ante 9,91% do ajuste anterior.

Chamou a atenção o número menor de contratos negociados: foram 167.835 para o vencimento de janeiro de 2014 na sessão regular, contra 470.935 da sessão estendida de sexta-feira.

"O volume está menor e o mercado continuou com os ajustes de baixa do fim da semana passada, com os estrangeiros na ponta vendedora", afirmou um operador, justificando a queda das taxas entre os vencimentos mais longos.


Pela manhã, o IPC-S da terceira quadrissemana de março trouxe um viés de alta para as taxas, ao mostrar aumento de preços de 0,78% no período. O resultado foi maior do que 0,63% na segunda quadrissemana de março.

A tarifa de energia elétrica residencial, que desde janeiro figurava entre as maiores pressões negativas para o IPC-S, deixou a lista dos cinco itens que mais contribuíram para a baixa do indicador de inflação.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) também informou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 2,0% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. Em fevereiro, o indicador havia caído 1,4% em relação a janeiro. Dentro do ICC, o Índice de Situação Atual (ISA) mostrou queda de 3,4% este mês após declinar 2,3% em fevereiro.

Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,5% em março após apresentar queda de 0,8% em fevereiro. "A comparação dos níveis destes indicadores com as respectivas médias históricas mostra que o consumidor brasileiro encontra-se hoje pouco satisfeito com a situação atual e neutro (nem otimista nem pessimista) em relação ao futuro próximo", indicou a FGV em comunicado.

"A confiança do consumidor veio um pouco mais fraca e o relatório Focus estava de certa forma neutro. Então o movimento de hoje (das taxas dos DIs) é normal", comentou Paulo Petrassi, gerente de renda fixa da Leme Investimentos. "A situação hoje permite que o Banco Central espere um pouco mais. Em abril, provavelmente não haverá alta da Selic."

Nas últimas sessões, tem se consolidado a ideia de que o Banco Central, com a recuperação da economia ainda em dúvida, deixará o início do ciclo de alta da Selic mais para frente.

Pela manhã, o relatório Focus do Banco Central apontou que a mediana das previsões para o IPCA em 2013 passou de 5,73% para 5,71%. Para 2014, a perspectiva de inflação subiu de 5,54% para 5,60%. No caso do Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das previsões foi de 3,03% de alta para 3,00% em 2013 e seguiu em 3,50% em 2014. A projeção para a Selic no fim deste ano subiu de 8,25% para 8,50% e a perspectiva para o juro básico no fim de 2014 permaneceu em 8,50%.

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São Paulo - Em dia com baixo volume, as taxas dos contratos futuros de juros oscilaram em margens estreitas nesta segunda-feira. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) mostrou aceleração da inflação na terceira quadrissemana de março, a confiança do consumidor caiu neste mês, o que trouxe estímulos divergentes para as taxas dos Depósitos Interfinanceiros. No exterior, o mercado seguia pesado à tarde, em meio a renovadas preocupações com o resgate do Chipre.

No fim da sessão regular, os contratos com prazos mais longos mostravam baixa ante os ajustes de sexta-feira, mas o movimento era limitado. A taxa do contrato futuro de juros com vencimento em julho de 2013 (65.710 contratos negociados) estava em 7,15%, igual ao ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2014 (167.835 contratos) marcava 7,78%, ante 7,77% do ajuste, enquanto o vencimento para janeiro de 2015 (114.060 contratos) tinha taxa de 8,51%, ante 8,52%. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (66.840 contratos) marcava 9,33%, ante 9,37% do ajuste, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 (8.875 contratos) tinha taxa de 9,86%, ante 9,91% do ajuste anterior.

Chamou a atenção o número menor de contratos negociados: foram 167.835 para o vencimento de janeiro de 2014 na sessão regular, contra 470.935 da sessão estendida de sexta-feira.

"O volume está menor e o mercado continuou com os ajustes de baixa do fim da semana passada, com os estrangeiros na ponta vendedora", afirmou um operador, justificando a queda das taxas entre os vencimentos mais longos.


Pela manhã, o IPC-S da terceira quadrissemana de março trouxe um viés de alta para as taxas, ao mostrar aumento de preços de 0,78% no período. O resultado foi maior do que 0,63% na segunda quadrissemana de março.

A tarifa de energia elétrica residencial, que desde janeiro figurava entre as maiores pressões negativas para o IPC-S, deixou a lista dos cinco itens que mais contribuíram para a baixa do indicador de inflação.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) também informou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 2,0% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. Em fevereiro, o indicador havia caído 1,4% em relação a janeiro. Dentro do ICC, o Índice de Situação Atual (ISA) mostrou queda de 3,4% este mês após declinar 2,3% em fevereiro.

Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,5% em março após apresentar queda de 0,8% em fevereiro. "A comparação dos níveis destes indicadores com as respectivas médias históricas mostra que o consumidor brasileiro encontra-se hoje pouco satisfeito com a situação atual e neutro (nem otimista nem pessimista) em relação ao futuro próximo", indicou a FGV em comunicado.

"A confiança do consumidor veio um pouco mais fraca e o relatório Focus estava de certa forma neutro. Então o movimento de hoje (das taxas dos DIs) é normal", comentou Paulo Petrassi, gerente de renda fixa da Leme Investimentos. "A situação hoje permite que o Banco Central espere um pouco mais. Em abril, provavelmente não haverá alta da Selic."

Nas últimas sessões, tem se consolidado a ideia de que o Banco Central, com a recuperação da economia ainda em dúvida, deixará o início do ciclo de alta da Selic mais para frente.

Pela manhã, o relatório Focus do Banco Central apontou que a mediana das previsões para o IPCA em 2013 passou de 5,73% para 5,71%. Para 2014, a perspectiva de inflação subiu de 5,54% para 5,60%. No caso do Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das previsões foi de 3,03% de alta para 3,00% em 2013 e seguiu em 3,50% em 2014. A projeção para a Selic no fim deste ano subiu de 8,25% para 8,50% e a perspectiva para o juro básico no fim de 2014 permaneceu em 8,50%.

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