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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h35.
O mercado revisou para baixo sua expectativa para o patamar dos juros básicos da economia brasileira ao fim de 2006. De acordo com o mais recente levantamento da pesquisa semanal do Banco Central (BC), realizado na última sexta-feira (8/9) e divulgado nesta segunda, as instituições financeiras e analistas consultados apostam agora que a Selic fechará o ano em 13,75% ao ano, frente a uma previsão anterior de 14%.
A redução na perspectiva foi apurada no mesmo dia da divulgação da ata da reunião de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do BC que regula a taxa básica de juros. No documento, o Copom registrou que há espaço para novos cortes na Selic - como o de 0,5 ponto percentual promovido em 30 de agosto -, mas que é preciso continuar a redução com "parcimônia". Hoje os juros básicos brasileiros estão em 14,25% ao ano.
O Copom ainda se reunirá neste ano por mais duas vezes para rever o nível da Selic - a primeira em 17 e 18 de outubro e a segunda, em 28 e 29 de novembro. Pela previsão do mercado, a "parcimônia" adotada pelo comitê terá como efeito um corte de no máximo 0,5 ponto percentual na Selic após estes dois encontros. Para o fim de 2007, a previsão para os juros também caiu em 0,25 ponto percentual na pesquisa do BC: passou de 13% para 12,75% ao ano.
Inflação
O mercado derrubou ainda as perspectivas para a inflação em 2006. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência pelo governo, sofreu a quarta redução consecutiva, e passou de 3,63% na última semana para 3,32%. Apenas a previsão para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) aumentou: de 3,42% para 3,46%.
A perspectiva para o Produto Interno Bruto brasileiro - soma de todas as riquezas produzidas pelo país - ficou estável depois de acumular quatro semanas seguidas de queda. As instituições consultadas acreditam que a economia avançará 3,20% em 2006. Para 2007, os palpites giram em torno de uma alta de 3,50%.
Os entrevistados pelo BC revisaram também a expectativa para o crescimento da produção industrial no ano, que caiu de 4% para 3,81%, e para o saldo da balança comercial, que subiu de 42 bilhões de dólares para 42,8 bilhões.