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Juro alto tem impacto modesto sobre economia dos EUA

Vendas de moradias usadas aumentaram em agosto para máxima em 6 anos e meio e a atividade fabril cresceu ativamente no início deste mês no meio-Atlântico

Edifício do Fed: em indicação de que a economia está minimizando aumento dos custos de empréstimo, o índice de indicadores antecedentes dos EUA avançou mais que o esperado em agosto (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 14h52.

Washington - As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos aumentaram em agosto para máxima em 6 anos e meio e a atividade fabril cresceu ativamente no início deste mês na região do meio-Atlântico, indicações de que a alta dos custos de empréstimo pode estar pesando apenas modestamente sobre a economia.

Isso pode deixar o Federal Reserve mais disposto a começar a reduzir o programa de estímulo de compra de títulos, embora problemas técnicos no processamento dos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada tenham prejudicado a percepção da condição do mercado de trabalho.

A Associação Nacional de Corretores informou nesta quinta-feira que as vendas de moradias usadas aumentaram 1,7 por cento no mês passado, para uma taxa anual de 5,48 milhões de unidades, nível mais alto desde o início de 2007.

Analistas esperavam que as revendas caíssem, e o relatório deu uma indicação de força crescente no mercado imobiliário norte-americano, apesar da forte alta nas taxas hipotecárias desde maio.

"A economia está lentamente melhorando", disse o presidente do JMP Securities, Mark Lehmann.

O Fed --banco central do país-- informou na quarta-feira que continuará com seu programa de estímulo em parte devido a preocupações de que as condições financeiras mais apertadas iriam frear a economia em geral.

As taxas de juros de empréstimos de longo prazo vêm subindo desde que o chairman do Fed, Ben Bernanke, indicou em maio que o banco poderia começar a reduzir suas compras de títulos mensais de 85 bilhões de dólares em breve.

O setor industrial também está mostrando sinais de crescimento vigoroso. A atividade fabril na região do meio-Atlântico dos Estados Unidos aumentou no maior nível em mais de dois anos em setembro e o otimismo das empresas quanto ao futuro atingiu máxima de 10 anos, mostrou pesquisa conduzida pelo Fed da Filadélfia.


O índice de atividade empresarial do Fed da Filadélfia saltou para 22,3 em setembro, a máxima desde março de 2011, ante 9,3 em agosto, ficando confortavelmente acima das expectativas de economistas em pesquisa da Reuters de 10,0.

E em outra indicação de que a economia está minimizando o aumento dos custos de empréstimo, o índice de indicadores antecedentes dos EUA avançou mais que o esperado em agosto.

O grupo privado Conference Board informou nesta quinta-feira que seu índice de indicadores antecedentes avançou 0,7 por cento para 96,6 no mês passado, em comparação a um crescimento de 0,5 por cento em julho.

Separadamente, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram 15 mil, para 309 mil, segundo dados ajustados sazonalmente.

Entretanto, será difícil conseguir uma leitura clara do relatório. Os dados de auxílio-desemprego passaram a enfrentar problemas desde que uma atualização nos sistemas de computador do governo na Califórnia e em Nevada criaram um acúmulo no processamento de novos pedidos há duas semanas.

Um outro relatório divulgado em separado destacou o quanto o aumento nas exportações norte-americanas está ajudando a economia global a alcançar um equilíbrio mais saudável do comércio e dos fluxos de dinheiro.

O aumento nas exportações norte-americanas diminuiu o déficit em conta corrente dos EUA no segundo trimestre para a mínima em quatro anos, informou o Departamento do Comércio.

O déficit em conta corrente, medida do fluxo de bens, serviços e capitais entre países, caiu para 98,9 bilhões de dólares no período entre abril e junho, ante 104,9 bilhões de dólares no período anterior segundo dados revisados.

O nível do segundo trimestre foi o mais baixo desde 2009. O déficit foi equivalente a 2,4 por cento da produção econômica nacional, menor proporção desde 1998.

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Washington - As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos aumentaram em agosto para máxima em 6 anos e meio e a atividade fabril cresceu ativamente no início deste mês na região do meio-Atlântico, indicações de que a alta dos custos de empréstimo pode estar pesando apenas modestamente sobre a economia.

Isso pode deixar o Federal Reserve mais disposto a começar a reduzir o programa de estímulo de compra de títulos, embora problemas técnicos no processamento dos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada tenham prejudicado a percepção da condição do mercado de trabalho.

A Associação Nacional de Corretores informou nesta quinta-feira que as vendas de moradias usadas aumentaram 1,7 por cento no mês passado, para uma taxa anual de 5,48 milhões de unidades, nível mais alto desde o início de 2007.

Analistas esperavam que as revendas caíssem, e o relatório deu uma indicação de força crescente no mercado imobiliário norte-americano, apesar da forte alta nas taxas hipotecárias desde maio.

"A economia está lentamente melhorando", disse o presidente do JMP Securities, Mark Lehmann.

O Fed --banco central do país-- informou na quarta-feira que continuará com seu programa de estímulo em parte devido a preocupações de que as condições financeiras mais apertadas iriam frear a economia em geral.

As taxas de juros de empréstimos de longo prazo vêm subindo desde que o chairman do Fed, Ben Bernanke, indicou em maio que o banco poderia começar a reduzir suas compras de títulos mensais de 85 bilhões de dólares em breve.

O setor industrial também está mostrando sinais de crescimento vigoroso. A atividade fabril na região do meio-Atlântico dos Estados Unidos aumentou no maior nível em mais de dois anos em setembro e o otimismo das empresas quanto ao futuro atingiu máxima de 10 anos, mostrou pesquisa conduzida pelo Fed da Filadélfia.


O índice de atividade empresarial do Fed da Filadélfia saltou para 22,3 em setembro, a máxima desde março de 2011, ante 9,3 em agosto, ficando confortavelmente acima das expectativas de economistas em pesquisa da Reuters de 10,0.

E em outra indicação de que a economia está minimizando o aumento dos custos de empréstimo, o índice de indicadores antecedentes dos EUA avançou mais que o esperado em agosto.

O grupo privado Conference Board informou nesta quinta-feira que seu índice de indicadores antecedentes avançou 0,7 por cento para 96,6 no mês passado, em comparação a um crescimento de 0,5 por cento em julho.

Separadamente, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram 15 mil, para 309 mil, segundo dados ajustados sazonalmente.

Entretanto, será difícil conseguir uma leitura clara do relatório. Os dados de auxílio-desemprego passaram a enfrentar problemas desde que uma atualização nos sistemas de computador do governo na Califórnia e em Nevada criaram um acúmulo no processamento de novos pedidos há duas semanas.

Um outro relatório divulgado em separado destacou o quanto o aumento nas exportações norte-americanas está ajudando a economia global a alcançar um equilíbrio mais saudável do comércio e dos fluxos de dinheiro.

O aumento nas exportações norte-americanas diminuiu o déficit em conta corrente dos EUA no segundo trimestre para a mínima em quatro anos, informou o Departamento do Comércio.

O déficit em conta corrente, medida do fluxo de bens, serviços e capitais entre países, caiu para 98,9 bilhões de dólares no período entre abril e junho, ante 104,9 bilhões de dólares no período anterior segundo dados revisados.

O nível do segundo trimestre foi o mais baixo desde 2009. O déficit foi equivalente a 2,4 por cento da produção econômica nacional, menor proporção desde 1998.

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