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Juro ainda não cai em junho, acreditam analistas

Apesar de o PIB brasileiro ter sofrido uma redução no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2002, o Banco Central não deve adotar uma política monetária expasionista. A taxa de juros básica, estipulada mensalmente pelo BC, deve permanecer inalterada no patamar de 26,5%, dificultando o crescimento da economia. Para os […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h35.

Apesar de o PIB brasileiro ter sofrido uma redução no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2002, o Banco Central não deve adotar uma política monetária expasionista. A taxa de juros básica, estipulada mensalmente pelo BC, deve permanecer inalterada no patamar de 26,5%, dificultando o crescimento da economia. Para os analistas econômicos de três diferentes instituições, os juros ficarão inalterados neste mês e, provavelmente, em julho.

Para o economista-chefe do Lloyds TSB, Odair Abate, "o discurso adotado pelo BC reduz, em muito, as chances de que a taxa venha a cair na reunião de junho do Copom (Comitê de Política Monetária) ". Para Abate, julho ou agosto passaram as ser as melhores apostas para o início da trajetória de queda nos juros.

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Segundo o analista Nilson Teixeira, do CSFB - Credit Suisse First Boston, o "perfil ortodoxo dos novos indicados para a diretoria do BC" - Afonso Bevilaqua e Eduardo Loyo - "reforça a percepção de juros altos".

A opção por uma política contracionista por quase todo o ano acarretará na retração da demanda e no conseqüente aumento nos estoques. O cenário, traçado pela consultoria econômica Global Invest, mostra que esse movimento levará à redução dos investimentos na produção e, por tabela, ao achatamento da renda do trabalhador e das vendas do comércio.

A lenta redução nos índices de preços ao consumidor, medida inflacionária que rege a decisão do Copom sobre a Selic, se explica na chamada inércia inflacionária , justificativa apresentada pelo Banco Central para não baixar os juros. Todavia, a queda nos índices de inflação só não é maior devido aos reajustes dos preços administrados , como as tarifas de energia elétrica e de telecomunicações, afirma, em seu relatório, a Global Invest.

Apesar de tardia, a redução da Selic deverá se acelerar no último trimestre. Em razão dessa expectativa, a Global Investe alterou de 20,8% para 20,2% a projeção da Selic para dezembro.

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