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Itaú prevê mais detalhes de medidas para rever cenário

Segundo economista do Itaú Unibanco, se as medidas não forem aprovadas, o Brasil teria de crescer a uma média de 3% ao ano nos próximos anos

Itaú Unibanco: "Boa parte do cenário está ancorado no fiscal e isso repercute no PIB diretamente" (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2016 às 17h24.

São Paulo - O economista Felipe Salles, do Itaú Unibanco, disse nesta quarta-feira, 25, que o banco está aguardando mais detalhes das medidas fiscais do governo para rever seu cenário para a economia.

"Boa parte do cenário está ancorado no fiscal e isso repercute no PIB diretamente", explicou o economista, acrescentando que ainda há um cenário incerto quanto à aprovação das medidas no Congresso.

Segundo ele, se as medidas não forem aprovadas, o Brasil teria de crescer a uma média de 3% ao ano nos próximos anos para conseguir estabilizar a proporção do gasto público em relação ao tamanho do Produto Interno Bruto.

Em caso de aprovação, a estabilidade do PIB já seria suficiente para estabilizar a proporção do gasto, ele disse.

Na avaliação de Salles, a economia brasileira ainda não chegou ao fundo do poço. Na estimativa do banco, o País só começaria a ter crescimento marginal da atividade, de 0,4%, no primeiro trimestre do ano que vem.

Para o primeiro trimestre deste ano, ele projeta uma queda de 0,8% em relação ao quarto trimestre de 2015.

A indústria, ponderou o economista, poderá ter uma reação positiva antes da economia como um todo, em razão da melhora já aparente dos estoques.

"A indústria cortou tanto a produção que já começou a queimar os estoques, já estamos vendo uma queda consistente dos estoques há alguns meses, que não pode durar para sempre, porque os estoque acabam. Então, quando chegar a um nível confortável, tem de voltar a produzir", explicou o economista, que espera um "ponto de virada" do setor no segundo semestre deste ano.

Manutenção

O economista Caio Megale, do Itaú Unibanco, informou nesta quarta-feira, 25, que as previsões do banco para política monetária estão mantidas, mesmo após a saída do economista-chefe da instituição, Ilan Goldfajn, que foi indicado pelo governo do presidente em exercício, Michel Temer, para a presidência do Banco Central.

O Itaú continua esperando, portanto, que a Selic comece a cair em julho, com um corte de 0,50 ponto porcentual.

Além disso, outros três cortes do mesmo tamanho devem ocorrer ao longo do ano, em agosto, outubro e novembro, com a Selic terminando 2016 a 12,25% ao ano.

O Itaú espera ainda que a taxa básica de juros termine 2017 a 10% ao ano. O anúncio de medidas fiscais e a desaceleração da inflação contribuem para este cenário, disse o banco.

Em relação ao PIB, o banco prevê uma contração de 4,0% neste ano e um crescimento de 1,0% em 2017. A inflação medida pelo IPCA, por sua vez, deve ficar em 6,9% neste ano e em 5,0% no ano que vem.

Apesar da melhora de indicadores macroeconômicos, o banco acredita que o desemprego deve continuar subindo.

A taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua deve chegar a 13% nos três meses encerrados em dezembro de 2017, depois de alcançar 12,5% em dezembro deste ano.

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São Paulo - O economista Felipe Salles, do Itaú Unibanco, disse nesta quarta-feira, 25, que o banco está aguardando mais detalhes das medidas fiscais do governo para rever seu cenário para a economia.

"Boa parte do cenário está ancorado no fiscal e isso repercute no PIB diretamente", explicou o economista, acrescentando que ainda há um cenário incerto quanto à aprovação das medidas no Congresso.

Segundo ele, se as medidas não forem aprovadas, o Brasil teria de crescer a uma média de 3% ao ano nos próximos anos para conseguir estabilizar a proporção do gasto público em relação ao tamanho do Produto Interno Bruto.

Em caso de aprovação, a estabilidade do PIB já seria suficiente para estabilizar a proporção do gasto, ele disse.

Na avaliação de Salles, a economia brasileira ainda não chegou ao fundo do poço. Na estimativa do banco, o País só começaria a ter crescimento marginal da atividade, de 0,4%, no primeiro trimestre do ano que vem.

Para o primeiro trimestre deste ano, ele projeta uma queda de 0,8% em relação ao quarto trimestre de 2015.

A indústria, ponderou o economista, poderá ter uma reação positiva antes da economia como um todo, em razão da melhora já aparente dos estoques.

"A indústria cortou tanto a produção que já começou a queimar os estoques, já estamos vendo uma queda consistente dos estoques há alguns meses, que não pode durar para sempre, porque os estoque acabam. Então, quando chegar a um nível confortável, tem de voltar a produzir", explicou o economista, que espera um "ponto de virada" do setor no segundo semestre deste ano.

Manutenção

O economista Caio Megale, do Itaú Unibanco, informou nesta quarta-feira, 25, que as previsões do banco para política monetária estão mantidas, mesmo após a saída do economista-chefe da instituição, Ilan Goldfajn, que foi indicado pelo governo do presidente em exercício, Michel Temer, para a presidência do Banco Central.

O Itaú continua esperando, portanto, que a Selic comece a cair em julho, com um corte de 0,50 ponto porcentual.

Além disso, outros três cortes do mesmo tamanho devem ocorrer ao longo do ano, em agosto, outubro e novembro, com a Selic terminando 2016 a 12,25% ao ano.

O Itaú espera ainda que a taxa básica de juros termine 2017 a 10% ao ano. O anúncio de medidas fiscais e a desaceleração da inflação contribuem para este cenário, disse o banco.

Em relação ao PIB, o banco prevê uma contração de 4,0% neste ano e um crescimento de 1,0% em 2017. A inflação medida pelo IPCA, por sua vez, deve ficar em 6,9% neste ano e em 5,0% no ano que vem.

Apesar da melhora de indicadores macroeconômicos, o banco acredita que o desemprego deve continuar subindo.

A taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua deve chegar a 13% nos três meses encerrados em dezembro de 2017, depois de alcançar 12,5% em dezembro deste ano.

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