Ipea: BC tem condições de manter Selic inalterada
Instituto criticou a pressão do mercado pela alta e considera que taxa atual é suficiente para manter inflação dentro da meta
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2011 às 15h06.
Rio - O coordenador do Grupo de Análises e Previsões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Roberto Messenberg, disse hoje que o Banco Central (BC) tem espaço para manter a taxa básica de juros (Selic) no patamar atual (12,25% ao ano) na reunião de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, mantido o nível atual dos juros, a inflação fechará 2011 na faixa entre 5% e 6%, portanto, abaixo do teto da meta do governo.
No entanto, ao apresentar hoje a Carta de Conjuntura do Ipea, Messenberg disse esperar que o Banco Central faça novo reajuste na Selic. Ele criticou a pressão sobre o BC vinda do mercado para lidar com a inflação por meio apenas da taxa de juros. Na Carta, o Ipea dá um panorama de tendência forte de desaceleração dos preços no segundo semestre, inclusive no setor de serviços.
Segundo a técnica do Ipea Júlia Braga, a deflação em alguns setores de commodities (matérias-primas) como alimentos e combustíveis, vai refletir em uma tendência de queda nos preços também no setor de serviços, cuja pressão atual seria ainda um reflexo do surto inflacionário do início do ano.
Messenberg defendeu o uso mais intensivo de medidas macroprudenciais para restringir ainda mais o crédito para consumo. Para ele, estes instrumentos tiveram um papel decisivo na desaceleração da inflação ao serem combinados com uma alta de juros. "Foi uma combinação feliz. Há desaceleração do crédito, mas a evolução do investimento não é satisfatória ainda. É preciso refrear o crédito para o consumo, para ter mais investimento público sem gerar desequilíbrios na economia", disse Messenberg, citando também instrumentos como a elevação dos compulsórios.
Rio - O coordenador do Grupo de Análises e Previsões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Roberto Messenberg, disse hoje que o Banco Central (BC) tem espaço para manter a taxa básica de juros (Selic) no patamar atual (12,25% ao ano) na reunião de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, mantido o nível atual dos juros, a inflação fechará 2011 na faixa entre 5% e 6%, portanto, abaixo do teto da meta do governo.
No entanto, ao apresentar hoje a Carta de Conjuntura do Ipea, Messenberg disse esperar que o Banco Central faça novo reajuste na Selic. Ele criticou a pressão sobre o BC vinda do mercado para lidar com a inflação por meio apenas da taxa de juros. Na Carta, o Ipea dá um panorama de tendência forte de desaceleração dos preços no segundo semestre, inclusive no setor de serviços.
Segundo a técnica do Ipea Júlia Braga, a deflação em alguns setores de commodities (matérias-primas) como alimentos e combustíveis, vai refletir em uma tendência de queda nos preços também no setor de serviços, cuja pressão atual seria ainda um reflexo do surto inflacionário do início do ano.
Messenberg defendeu o uso mais intensivo de medidas macroprudenciais para restringir ainda mais o crédito para consumo. Para ele, estes instrumentos tiveram um papel decisivo na desaceleração da inflação ao serem combinados com uma alta de juros. "Foi uma combinação feliz. Há desaceleração do crédito, mas a evolução do investimento não é satisfatória ainda. É preciso refrear o crédito para o consumo, para ter mais investimento público sem gerar desequilíbrios na economia", disse Messenberg, citando também instrumentos como a elevação dos compulsórios.