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Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2009 às 13h22.
Por AE
São Paulo - A promessa de intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na questão da partilha dos royalties do petróleo do pré-sal apaziguou os ânimos no Palácio Guanabara. Depois de classificar de "roubo" contra o Estado o movimento da bancada nordestina para repartir as compensações pagas pelas áreas já licitadas, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) ficou satisfeito com a promessa presidencial de que o projeto não será votado no Congresso até o impasse ser resolvido.
A questão dos royalties é fundamental para os interesses políticos do governador. No ano que vem, Cabral terá pela frente uma disputa pela reeleição que promete ser difícil. A perda de grande volume de recursos - o campo de Tupi no pré-sal, por exemplo, já deve render royalties para o Estado em 2010 - seria um fator complicador na corrida eleitoral.
Integrantes do PMDB fluminense chegaram a vislumbrar a hipótese de criar dificuldades na convenção do partido que pretende ratificar a aliança com o PT em apoio à candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Interlocutores mais próximos de Cabral, no entanto, descartam qualquer possibilidade de rompimento com o presidente. O governador seguiu na quarta-feira para os Estados Unidos, para uma viagem a passeio até o início da próxima semana, depois de passar o dia com Lula no Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.