Intercâmbio comercial Brasil-Argentina cai 24% em abril
Por trás dessa queda, afirmam os economistas, está a contração do comércio automotivo, além da desaceleração de ambas economias
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2014 às 15h53.
Buenos Aires - Em abril, pelo sétimo mês consecutivo, o intercâmbio comercial entre o Brasil e a Argentina registrou uma nova queda.
Segundo dados da consultoria econômica Abeceb, a redução do fluxo de produtos entre os dois lados da fronteira teve uma redução de 24% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Por trás dessa queda, afirmam os economistas, está a contração do comércio automotivo, além da desaceleração de ambas economias. O comércio de automóveis representa 45% do fluxo bilateral.
Outro ingrediente que colabora há meses na queda de mercadorias made in Brazil para a Argentina são as diversas barreiras comerciais impostas pelo governo da presidente Cristina Kirchner .
Há um ano o governo argentino promete "tomar medidas prontamente" para "normalizar" a entrada de produtos brasileiros. Mas, por enquanto, as promessas não se concretizaram.
De quebra, afirma a consultoria, a escassez de divisas padecida pela Argentina "levou as autoridades a restringir o acesso ao mercado cambial dos importadores, solicitando que adiem os pagamentos de suas operações".
Segundo a Abeceb, as exportações brasileiras para a Argentina registraram queda de 27,3%. No total, em abril, as vendas do Brasil para o sócio do Mercosul foram de US$ 1,284 bilhão.
A Argentina absorveu menos polímeros plásticos, pneus, veículos de carga e minério de ferro, além de autopeças.
Na contramão, as vendas argentinas para o Brasil diminuíram 20,6% em abril, totalizando US$ 1,264 bilhão.
Por trás dessa queda, além das barreiras comerciais e as questões cambiais, estão as menores compras argentinas de combustíveis, tratores, motores para veículos, autopeças, arroz e trigo.
Dessa forma, em abril o Brasil teve um superávit de US$ 20 milhões com a Argentina. Isso indica uma queda de 88% em relação à vantagem comercial que o mercado brasileiro teve com o argentino no mesmo mês de 2013.
Promessas
O governo Kirchner prometeu diversas vezes, ao longo do último ano, flexibilizar as barreiras comerciais que aplica a diversos produtos made in Brazil.
Essa promessa foi feita em outubro ao chanceler brasileiro Luiz Alberto Figueiredo por seu colega argentino Héctor Timerman. O ministro da presidente Cristina havia afirmado que a administração Kirchner tinha a intenção de resolver o caso "prontamente".
No entanto, três meses se passaram sem avanços. Em dezembro passado, quando o então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, viajou a Buenos Aires, ouviu um remake da mesma promessa.
Novamente outros três meses se passaram e os problemas bilaterais permaneceram, sem solução.
Novamente o Brasil enviou um representante a Buenos Aires, neste caso, Mauro Borges, sucessor de Pimentel.
No dia 16 de março, ele conversou com o ministro da Economia Axel Kicillof sobre a implementação de "mecanismos alternativos de financiamento que viabilizem o fortalecimento do comércio bilateral".
Na ocasião o governo Kichner nem sequer se preocupou em fazer novas promessas sobre flexibilização das barreiras para facilitar a entrada de produtos brasileiros.
Buenos Aires - Em abril, pelo sétimo mês consecutivo, o intercâmbio comercial entre o Brasil e a Argentina registrou uma nova queda.
Segundo dados da consultoria econômica Abeceb, a redução do fluxo de produtos entre os dois lados da fronteira teve uma redução de 24% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Por trás dessa queda, afirmam os economistas, está a contração do comércio automotivo, além da desaceleração de ambas economias. O comércio de automóveis representa 45% do fluxo bilateral.
Outro ingrediente que colabora há meses na queda de mercadorias made in Brazil para a Argentina são as diversas barreiras comerciais impostas pelo governo da presidente Cristina Kirchner .
Há um ano o governo argentino promete "tomar medidas prontamente" para "normalizar" a entrada de produtos brasileiros. Mas, por enquanto, as promessas não se concretizaram.
De quebra, afirma a consultoria, a escassez de divisas padecida pela Argentina "levou as autoridades a restringir o acesso ao mercado cambial dos importadores, solicitando que adiem os pagamentos de suas operações".
Segundo a Abeceb, as exportações brasileiras para a Argentina registraram queda de 27,3%. No total, em abril, as vendas do Brasil para o sócio do Mercosul foram de US$ 1,284 bilhão.
A Argentina absorveu menos polímeros plásticos, pneus, veículos de carga e minério de ferro, além de autopeças.
Na contramão, as vendas argentinas para o Brasil diminuíram 20,6% em abril, totalizando US$ 1,264 bilhão.
Por trás dessa queda, além das barreiras comerciais e as questões cambiais, estão as menores compras argentinas de combustíveis, tratores, motores para veículos, autopeças, arroz e trigo.
Dessa forma, em abril o Brasil teve um superávit de US$ 20 milhões com a Argentina. Isso indica uma queda de 88% em relação à vantagem comercial que o mercado brasileiro teve com o argentino no mesmo mês de 2013.
Promessas
O governo Kirchner prometeu diversas vezes, ao longo do último ano, flexibilizar as barreiras comerciais que aplica a diversos produtos made in Brazil.
Essa promessa foi feita em outubro ao chanceler brasileiro Luiz Alberto Figueiredo por seu colega argentino Héctor Timerman. O ministro da presidente Cristina havia afirmado que a administração Kirchner tinha a intenção de resolver o caso "prontamente".
No entanto, três meses se passaram sem avanços. Em dezembro passado, quando o então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, viajou a Buenos Aires, ouviu um remake da mesma promessa.
Novamente outros três meses se passaram e os problemas bilaterais permaneceram, sem solução.
Novamente o Brasil enviou um representante a Buenos Aires, neste caso, Mauro Borges, sucessor de Pimentel.
No dia 16 de março, ele conversou com o ministro da Economia Axel Kicillof sobre a implementação de "mecanismos alternativos de financiamento que viabilizem o fortalecimento do comércio bilateral".
Na ocasião o governo Kichner nem sequer se preocupou em fazer novas promessas sobre flexibilização das barreiras para facilitar a entrada de produtos brasileiros.