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Inflação vai a 0,78% em maio e acumula 9,32% em 12 meses

A taxa acumulada segue bem acima da meta do governo, estabelecida em 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%)

Supermercado no Rio de Janeiro: ritmo de alta dos preços está diminuindo (André Valentim/EXAME.com)

João Pedro Caleiro

Publicado em 8 de junho de 2016 às 10h18.

São Paulo - A inflação no Brasil foi de 0,78% em maio, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

Foi a maior taxa para maio desde 2008 (0,79%) e houve alta em relação ao mês de abril (0,61%).

No entanto, o acumulado de 2016 até agora (4,05%) é mais baixo do registrado no mesmo período de 2015 (5,34%).

A inflação acumulada dos últimos 12 meses ficou em 9,32%, bem acima da meta do governo - estabelecida em 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%).

O IPCA-15, prévia da inflação divulgada no último dia 20, já havia registrado o nível mais alto para maio em 20 anos.

No último Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, a projeção para o IPCA final de 2016 subiu pela terceira vez seguida e chegou a 7,12%. Para 2017, a previsão segue em 5,5%.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central divulga hoje sua decisão em relação a taxa de juros, com aposta geral de que ela será mantida em 14,25%.

O novo indicado para o BC, Ilan Goldfajn, disse ontem em sabatina no Senado que "nosso objetivo será cumprir plenamente a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, mirando o seu ponto central”.

Grupos

O grande responsável pela alta mensal do IPCA foi o grupo Habitação, que foi de -0,38% em abril para 1,79% em maio. Sozinho, teve impacto de 0,27 ponto percentual na taxa final.

O que pesou foi a taxa de água e esgoto, que subiu 10,37% na média das regiões pesquisadas com influência grande de São Paulo, onde subiu 41,9%.

É um reflexo do fim do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água, que dava bônus por redução e ônus por aumento de consumo, e de um reajuste correspondente de 8,4% nas tarifas.

Dos 9 grupos pesquisados, 4 subiram e 5 caíram em relação ao mês anterior.

Saúde e Cuidados Pessoais havia tido a grande contribuição para a inflação de abril e continuou subindo, resultado de um novo aumento nos preço de remédios.

O grupo de Despesas Pessoais também acelerou, reflexo de uma alta média de 9,33% no cigarro após reajustes em vigor desde o início de maio.

Alimentação e Bebidas, o grupo com maior peso no índice, continuou subindo, mas menos: foi de 1,09% em abril para 0,78% em maio.

GrupoVariação AbrilVariação Maio
Índice Geral0,61%0,78%
Alimentação e Bebidas1,09%0,78%
Habitação-0,38%1,79%
Artigos de Residência0,26%0,63%
Vestuário0,40%0,91%
Transportes0,03%-0,58%
Saúde e cuidados pessoais2,33%1,62%
Despesas pessoais0,23%1,35%
Educação0,20%0,16%
Comunicação1,47%0,01%

.

GrupoImpacto Abril (p.p.)Impacto Maio (p.p.)
Índice Geral0,610,78
Alimentação e Bebidas0,280,20
Habitação-0,060,27
Artigos de Residência0,010,03
Vestuário0,020,05
Transportes0,01-0,10
Saúde e cuidados pessoais0,260,18
Despesas pessoais0,020,14
Educação0,010,01
Comunicação0,060,00

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São Paulo - A inflação no Brasil foi de 0,78% em maio, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

Foi a maior taxa para maio desde 2008 (0,79%) e houve alta em relação ao mês de abril (0,61%).

No entanto, o acumulado de 2016 até agora (4,05%) é mais baixo do registrado no mesmo período de 2015 (5,34%).

A inflação acumulada dos últimos 12 meses ficou em 9,32%, bem acima da meta do governo - estabelecida em 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%).

O IPCA-15, prévia da inflação divulgada no último dia 20, já havia registrado o nível mais alto para maio em 20 anos.

No último Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, a projeção para o IPCA final de 2016 subiu pela terceira vez seguida e chegou a 7,12%. Para 2017, a previsão segue em 5,5%.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central divulga hoje sua decisão em relação a taxa de juros, com aposta geral de que ela será mantida em 14,25%.

O novo indicado para o BC, Ilan Goldfajn, disse ontem em sabatina no Senado que "nosso objetivo será cumprir plenamente a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, mirando o seu ponto central”.

Grupos

O grande responsável pela alta mensal do IPCA foi o grupo Habitação, que foi de -0,38% em abril para 1,79% em maio. Sozinho, teve impacto de 0,27 ponto percentual na taxa final.

O que pesou foi a taxa de água e esgoto, que subiu 10,37% na média das regiões pesquisadas com influência grande de São Paulo, onde subiu 41,9%.

É um reflexo do fim do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água, que dava bônus por redução e ônus por aumento de consumo, e de um reajuste correspondente de 8,4% nas tarifas.

Dos 9 grupos pesquisados, 4 subiram e 5 caíram em relação ao mês anterior.

Saúde e Cuidados Pessoais havia tido a grande contribuição para a inflação de abril e continuou subindo, resultado de um novo aumento nos preço de remédios.

O grupo de Despesas Pessoais também acelerou, reflexo de uma alta média de 9,33% no cigarro após reajustes em vigor desde o início de maio.

Alimentação e Bebidas, o grupo com maior peso no índice, continuou subindo, mas menos: foi de 1,09% em abril para 0,78% em maio.

GrupoVariação AbrilVariação Maio
Índice Geral0,61%0,78%
Alimentação e Bebidas1,09%0,78%
Habitação-0,38%1,79%
Artigos de Residência0,26%0,63%
Vestuário0,40%0,91%
Transportes0,03%-0,58%
Saúde e cuidados pessoais2,33%1,62%
Despesas pessoais0,23%1,35%
Educação0,20%0,16%
Comunicação1,47%0,01%

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GrupoImpacto Abril (p.p.)Impacto Maio (p.p.)
Índice Geral0,610,78
Alimentação e Bebidas0,280,20
Habitação-0,060,27
Artigos de Residência0,010,03
Vestuário0,020,05
Transportes0,01-0,10
Saúde e cuidados pessoais0,260,18
Despesas pessoais0,020,14
Educação0,010,01
Comunicação0,060,00
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