Economia

Inflação 'real' argentina é a terceira maior do mundo

Por Ariel Palacios, correspondente Buenos Aires - Estimativas de consultorias privadas indicam que a inflação da Argentina seria a terceira maior do mundo, atrás dos índices inflacionários dos dois primeiros colocados, a República Democrática do Congo e a Venezuela. Segundo o governo da presidente Cristina Kirchner, a inflação de 2009 não teria passado da faixa […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Por Ariel Palacios, correspondente

Buenos Aires - Estimativas de consultorias privadas indicam que a inflação da Argentina seria a terceira maior do mundo, atrás dos índices inflacionários dos dois primeiros colocados, a República Democrática do Congo e a Venezuela. Segundo o governo da presidente Cristina Kirchner, a inflação de 2009 não teria passado da faixa de 8%, já que até final de novembro acumulava apenas 6,7% nos primeiros onze meses do ano passado. Mas economistas independentes, associações empresariais, sindicatos e organizações de defesa dos consumidores indicam que a inflação "real" do país em 2009 teria oscilado entre 15% e 18%.

Desta forma, de acordo com os cálculos extraoficiais das consultorias, o país fica em terceiro posto no pódio de uma lista cuja liderança, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI) é da inflação congolesa, de 31,2%, seguido da venezuelana, com 28%. Mariano Lamothe, economista da consultoria Abeceb, estima que a inflação de 2009 teria ficado entre 14% e 15%. A consultoria Joaquín Ledesma & Associados sustenta que a inflação "real" acumulada entre janeiro e novembro foi de 14,3%. A consultoria Ecolatina, fundada pelo ex-ministro da Economia do governo do ex-presidente Néstor Kirchner, Roberto Lavagna, considera que a inflação real anual em média entre 2005 e 2009 foi de 17,8%.

Problema crônico

A Ecolatina considera que a recuperação da atividade econômica em 2010 na Argentina "acelerará mais ainda inflação". Segundo a consultoria, "sem um plano oficial, será muito difícil conter a alta de preços". A Ecolatina sustenta que após vários anos de fortes altas, "a dinâmica inflacionária possui inércia própria, fato que a torna um problema crônico". Para 2010, as estimativas do governo indicam que a inflação será de apenas 6,1%. Mas a Ecolatina calcula que será de 17%. O economista Carlos Melconián sustenta que estará entre 18% e 20%. O banco Crédit Suisse, em um recente relatório, indicou que a inflação "real" argentina em 2010 estará entre 12% e 14%. O Barclays Capital sustenta que a inflação no país neste ano estaria ao redor de 16,5%.

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