Inflação não permite discutir queda dos juros, diz Tombini
Presidente do BC afirmou ainda que existe "uma crise de crescimento", mas ela não é tão grave quanto a de 2008
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 07h45.
O presidente do Banco Central , Alexandre Tombini , disse que o atual quadro inflacionário do Brasil não permite uma discussão sobre a queda dos juros neste momento.
"Esse quadro inflacionário não permite se pensar em distensão da política monetária", disse Tombini em entrevista ao canal de TV GloboNews, veiculada na noite de quinta-feira.
Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC surpreendeu ao decidir manter a taxa Selic em 14,25 por cento ao ano, apesar da inflação no ano passado ter ultrapassado os 10 por cento, estourando o teto da meta do governo.
A pressão inflacionária continua, com o acumulado em 12 meses até o mês passado chegando a 10,71 por cento.
Segundo Tombini, a decisão do Copom foi uma resposta à maior incerteza econômica global devido à queda dos preços do petróleo e à desaceleração do crescimento da China, e não resultado de interferência política da presidente Dilma Rousseff.
"Zero de interferência política", disse ao ser questionado se houve pressão política para o BC não elevar a Selic em janeiro.
"Talvez o Banco Central brasileiro tenha sido o primeiro a dar uma freada (na política monetária)", afirmou Tombini, acrescentando que outros BCs foram pelo mesmo caminho, como o do Japão e o Banco Central Europeu (BCE). "Aumentou a probabilidade de todos os bancos centrais serem mais cautelosos".
Tombini afirmou ainda que existe "uma crise de crescimento", mas ela não é tão grave quanto a de 2008, quando o mercado estava muito mais alavancado.
O presidente do Banco Central , Alexandre Tombini , disse que o atual quadro inflacionário do Brasil não permite uma discussão sobre a queda dos juros neste momento.
"Esse quadro inflacionário não permite se pensar em distensão da política monetária", disse Tombini em entrevista ao canal de TV GloboNews, veiculada na noite de quinta-feira.
Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC surpreendeu ao decidir manter a taxa Selic em 14,25 por cento ao ano, apesar da inflação no ano passado ter ultrapassado os 10 por cento, estourando o teto da meta do governo.
A pressão inflacionária continua, com o acumulado em 12 meses até o mês passado chegando a 10,71 por cento.
Segundo Tombini, a decisão do Copom foi uma resposta à maior incerteza econômica global devido à queda dos preços do petróleo e à desaceleração do crescimento da China, e não resultado de interferência política da presidente Dilma Rousseff.
"Zero de interferência política", disse ao ser questionado se houve pressão política para o BC não elevar a Selic em janeiro.
"Talvez o Banco Central brasileiro tenha sido o primeiro a dar uma freada (na política monetária)", afirmou Tombini, acrescentando que outros BCs foram pelo mesmo caminho, como o do Japão e o Banco Central Europeu (BCE). "Aumentou a probabilidade de todos os bancos centrais serem mais cautelosos".
Tombini afirmou ainda que existe "uma crise de crescimento", mas ela não é tão grave quanto a de 2008, quando o mercado estava muito mais alavancado.