Exame Logo

Inflação na zona do euro não mostra sinais de alívio

Os preços ao consumidor nas 17 nações que compartilham o euro subiram 2,7% em março na comparação com um ano antes

Os custos com energia representaram cerca de 0,6 ponto percentual do nível de inflação da zona do euro em março (Fabrice Coffrini/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 09h38.

Bruxelas - Os altos preços mundiais do petróleo não deram respiro para a persistente inflação da zona do euro em março, uma vez que a agência de estatísticas da União Europeia (UE) revisou para cima a leitura inicial do mês, mesmo em um momento em que a economia do bloco provavelmente entrou em recessão.

Os preços ao consumidor nas 17 nações que compartilham o euro subiram 2,7 por cento em março na comparação com um ano antes, informou nesta terça feita a agência de estatísticas Eurostat, o mesmo nível de fevereiro, mas acima de uma estimativa inicial de 2,6 por cento.

Muitos economistas acreditam que a economia da zona do euro entrou em recessão após uma contração no último trimestre de 2011 e com uma provável retração subsequente nos três primeiros meses deste ano.

Se não fosse pelo preço do barril do Brent próximo a 120 dólares, a inflação provavelmente refletiria a economia deprimida, em que o alto desemprego, cortes governamentais e a baixa confiança do empresário reduziram a disposição dos consumidores para gastar.

Preocupações com interrupções de fornecimento por sanções dos Estados Unidos e da Europa ao segundo maior produtor da Opep, o Irã, impulsionaram o Brent a uma alta de aproximadamente 13 por cento este ano.

Isso é uma ameaça à esperada recuperação da economia no final deste ano, de acordo com economistas.

Os custos com energia representaram cerca de 0,6 ponto percentual do nível de inflação da zona do euro em março, o que significa que, sem os altos custos de combustível, os preços ao consumidor ficariam em torno ou abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), mas próximos de 2 por cento.

O BCE manteve as taxas de juros em 1,0 por cento pelo quarto mês seguido no começo de abril, resistindo a pedidos de políticos europeus e levando economistas internacionais a cortar outras taxas e deixar a inflação subir, para promover o crescimento.

Após acalmar a crise da dívida da zona do euro com três empréstimos sem precedentes aos bancos comerciais, o BCE aparenta estar de volta ao modo de combate à inflação, alertando em seu último boletim mensal que os riscos de aumento de preços eram altos.

"A inflação deve ficar acima de 2 por cento em 2012, principalmente por causa dos recentes aumentos nos preços de energia", informou o texto do boletim mensal de abril.

A inflação anual em março ficou em 3,8 por cento na Itália e em 3,1 por cento na Bélgica, embora apenas em 2,3 por cento na Alemanha e em 1,8 por cento na Espanha.

Veja também

Bruxelas - Os altos preços mundiais do petróleo não deram respiro para a persistente inflação da zona do euro em março, uma vez que a agência de estatísticas da União Europeia (UE) revisou para cima a leitura inicial do mês, mesmo em um momento em que a economia do bloco provavelmente entrou em recessão.

Os preços ao consumidor nas 17 nações que compartilham o euro subiram 2,7 por cento em março na comparação com um ano antes, informou nesta terça feita a agência de estatísticas Eurostat, o mesmo nível de fevereiro, mas acima de uma estimativa inicial de 2,6 por cento.

Muitos economistas acreditam que a economia da zona do euro entrou em recessão após uma contração no último trimestre de 2011 e com uma provável retração subsequente nos três primeiros meses deste ano.

Se não fosse pelo preço do barril do Brent próximo a 120 dólares, a inflação provavelmente refletiria a economia deprimida, em que o alto desemprego, cortes governamentais e a baixa confiança do empresário reduziram a disposição dos consumidores para gastar.

Preocupações com interrupções de fornecimento por sanções dos Estados Unidos e da Europa ao segundo maior produtor da Opep, o Irã, impulsionaram o Brent a uma alta de aproximadamente 13 por cento este ano.

Isso é uma ameaça à esperada recuperação da economia no final deste ano, de acordo com economistas.

Os custos com energia representaram cerca de 0,6 ponto percentual do nível de inflação da zona do euro em março, o que significa que, sem os altos custos de combustível, os preços ao consumidor ficariam em torno ou abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), mas próximos de 2 por cento.

O BCE manteve as taxas de juros em 1,0 por cento pelo quarto mês seguido no começo de abril, resistindo a pedidos de políticos europeus e levando economistas internacionais a cortar outras taxas e deixar a inflação subir, para promover o crescimento.

Após acalmar a crise da dívida da zona do euro com três empréstimos sem precedentes aos bancos comerciais, o BCE aparenta estar de volta ao modo de combate à inflação, alertando em seu último boletim mensal que os riscos de aumento de preços eram altos.

"A inflação deve ficar acima de 2 por cento em 2012, principalmente por causa dos recentes aumentos nos preços de energia", informou o texto do boletim mensal de abril.

A inflação anual em março ficou em 3,8 por cento na Itália e em 3,1 por cento na Bélgica, embora apenas em 2,3 por cento na Alemanha e em 1,8 por cento na Espanha.

Acompanhe tudo sobre:ConsumoEnergiaEuropaInflaçãoPetróleoPreçosUnião Europeia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame