Economia

Inflação na China desacelera mais que o esperado em agosto

Economistas estão divididos sobre se Pequim usará o espaço extra para anunciar novas medidas de estímulo


	Consumo: índice de preços ao consumidor avançou 2% em agosto ante o ano anterior
 (Cheng Gong/Imaginechina via Bloomberg News)

Consumo: índice de preços ao consumidor avançou 2% em agosto ante o ano anterior (Cheng Gong/Imaginechina via Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 08h28.

Pequim - A inflação ao consumidor da China desacelerou mais do que o esperado em agosto, ampliando as evidências de que a economia está perdendo força, mas economistas estão divididos sobre se Pequim usará o espaço extra para anunciar novas medidas de estímulo.

O índice de preços ao consumidor avançou 2 por cento em agosto ante o ano anterior, informou nesta quinta-feira a Agência Nacional de Estatísticas, abaixo das expectativas do mercado de 2,2 por cento e dos 2,3 por cento de julho.

O índice de preços ao produtor caiu 1,2 por cento, o 30º mês consecutivo de declínio, uma vez que as condições econômicas fracas continuam a tirar poder de precificação das empresas chinesas. O mercado esperava queda de 1,1 por cento após recuo de 0,9 por cento em julho.

Com a inflação ao consumidor bem abaixo do teto anual oficial de 3,5 por cento, o governo e o banco central têm escopo para dar mais estímulo à economia se necessário, mas a questão é se injetar mais dinheiro no sistema irá ajudar a economia ou retardá-la.

"Conforme a inflação da China continua a desacelerar, acreditamos que o risco de deflação está aumentando e a China precisa afrouxar mais a política monetária", disse Hao Zhou, economista do ANZ, refletindo uma opinião comum.

"Mais importante, o índice de preços ao produtor fraco indica que as taxas de juros reais que as empresas enfrentam aceleraram em meio à desaceleração econômica, o que vai apertar suas margens de lucro ao longo do tempo." Mas outros economistas acreditam que as autoridades irão aguardar para ver se as medidas de estímulo anunciadas mais cedo neste ano ganham força. Bill Adams, do PNC, argumentou que as baixas taxas de desemprego significam que Pequim não precisará fazer muito.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaConsumoInflação

Mais de Economia

Brasil é 'referência mundial' em regulação financeira, diz organizador de evento paralelo do G20

Governo teme “efeito cascata” no funcionalismo se Congresso aprovar PEC do BC

Banco Central estabelece regras para reuniões com agentes do mercado financeiro

Produção industrial sobe 4,1% em junho, maior alta desde julho de 2020

Mais na Exame