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Inflação é de 0,61% em abril e acumula 9,28% em 12 meses

Reajuste de remédios foi responsável por um terço do índice mensal, que acelerou em relação a março

Frutas à venda no Mercado Municipal em São Paulo: inflação começa a cair (Paulo Fridman/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

Publicado em 6 de maio de 2016 às 11h09.

São Paulo - A inflação no Brasil foi de 0,61% em abril, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa ficou maior do que em março (0,43%), porém abaixo de abril do ano passado (0,71%).

Com isso, a taxa acumulada em 12 meses ficou em 9,28%, bem acima da meta do governo (que é de 4,5% com tolerância de dois pontos para cima e para baixo).

Mas houve redução em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, quando a inflação registrou 9,39%. O aumento do desemprego e a queda da renda estão afetando o poder de compra da população e ajudando a segurar a taxa.

Além disso, já acabou o ciclo de reajuste dos preços administrados que pressionou o IPCA na primeira metade do ano passado.

Grupos

Dois grupos foram os grandes responsáveis pela alta no mês. Alimentação e Bebidas, que tem peso de quase um terço no índice, subiu 1,09%.

Os remédios foram a principal contribuição individual e colocaram, sozinhos, 0,20 ponto percentual no IPCA através do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que foi de 0,78% em março para 2,33% em abril.

É um reflexo de um reajuste de 12,5% nos preços destes produtos, em vigor a partir do dia primeiro de abril.

Dos 9 grupos monitorados, 6 tiveram baixa e 3 tiveram alta em relação ao mês anterior. Comunicação, por exemplo, foi de queda de -1,65% em março para alta de 1,47% em abril.

O maior impacto para baixo, de -0,12 ponto percentual, veio da queda de 3,11% no preço da energia elétrica devido ao fim da cobrança extra da bandeira tarifária a partir de primeiro de abril.

Projeções

Nesta semana, o Banco Central anunciou a revisão de suas projeções de inflação: de 6,98% para 6,94% em 2016 e de 5,8% para 5,72% em 2017.

As projeções do Boletim Focus, que capta as perspectivas de mercado, estão com os exatos mesmos números do BC.

GrupoVariação MarçoVariação Abril
Índice Geral0,43%0,61%
Alimentação e Bebidas1,24%1,09%
Habitação-0,64%-0,38%
Artigos de Residência0,70%0,26%
Vestuário0,69%0,40%
Transportes0,16%0,03%
Saúde e cuidados pessoais0,78%2,33%
Despesas pessoais0,60%0,23%
Educação0,63%0,20%
Comunicação-1,65%1,47%

.

GrupoImpacto Março (p.p.)Impacto Abril (p.p.)
Índice Geral0,430,61
Alimentação e Bebidas0,320,28
Habitação-0,10-0,06
Artigos de Residência0,030,01
Vestuário0,040,02
Transportes0,030,01
Saúde e cuidados pessoais0,080,26
Despesas pessoais0,060,02
Educação0,030,01
Comunicação-0,060,06

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São Paulo - A inflação no Brasil foi de 0,61% em abril, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa ficou maior do que em março (0,43%), porém abaixo de abril do ano passado (0,71%).

Com isso, a taxa acumulada em 12 meses ficou em 9,28%, bem acima da meta do governo (que é de 4,5% com tolerância de dois pontos para cima e para baixo).

Mas houve redução em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, quando a inflação registrou 9,39%. O aumento do desemprego e a queda da renda estão afetando o poder de compra da população e ajudando a segurar a taxa.

Além disso, já acabou o ciclo de reajuste dos preços administrados que pressionou o IPCA na primeira metade do ano passado.

Grupos

Dois grupos foram os grandes responsáveis pela alta no mês. Alimentação e Bebidas, que tem peso de quase um terço no índice, subiu 1,09%.

Os remédios foram a principal contribuição individual e colocaram, sozinhos, 0,20 ponto percentual no IPCA através do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que foi de 0,78% em março para 2,33% em abril.

É um reflexo de um reajuste de 12,5% nos preços destes produtos, em vigor a partir do dia primeiro de abril.

Dos 9 grupos monitorados, 6 tiveram baixa e 3 tiveram alta em relação ao mês anterior. Comunicação, por exemplo, foi de queda de -1,65% em março para alta de 1,47% em abril.

O maior impacto para baixo, de -0,12 ponto percentual, veio da queda de 3,11% no preço da energia elétrica devido ao fim da cobrança extra da bandeira tarifária a partir de primeiro de abril.

Projeções

Nesta semana, o Banco Central anunciou a revisão de suas projeções de inflação: de 6,98% para 6,94% em 2016 e de 5,8% para 5,72% em 2017.

As projeções do Boletim Focus, que capta as perspectivas de mercado, estão com os exatos mesmos números do BC.

GrupoVariação MarçoVariação Abril
Índice Geral0,43%0,61%
Alimentação e Bebidas1,24%1,09%
Habitação-0,64%-0,38%
Artigos de Residência0,70%0,26%
Vestuário0,69%0,40%
Transportes0,16%0,03%
Saúde e cuidados pessoais0,78%2,33%
Despesas pessoais0,60%0,23%
Educação0,63%0,20%
Comunicação-1,65%1,47%

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GrupoImpacto Março (p.p.)Impacto Abril (p.p.)
Índice Geral0,430,61
Alimentação e Bebidas0,320,28
Habitação-0,10-0,06
Artigos de Residência0,030,01
Vestuário0,040,02
Transportes0,030,01
Saúde e cuidados pessoais0,080,26
Despesas pessoais0,060,02
Educação0,030,01
Comunicação-0,060,06
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