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Inflação brasileira atinge nível de países desenvolvidos

Os preços já estão próximos de patamares registrados por EUA, Espanha e Alemanha, além de já estar abaixo do faixa do Reino Unido

Inflação: economistas afirmam que o cenário de inflação baixa pode ser duradouro (Mario Tama/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de setembro de 2017 às 07h01.

Última atualização em 21 de setembro de 2017 às 10h19.

A taxa oficial de inflação do Brasil finalmente desceu a níveis de países desenvolvidos e está rodando próxima dos patamares registrados por Estados Unidos, Espanha e Alemanha, além de já estar abaixo do faixa do Reino Unido, por exemplo.

Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula 2,46% em 12 meses até agosto, o índice de preços ao consumidor do Reino Unido está em 2,9%, na mesma base de comparação.

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Ainda que o Brasil tenha suas peculiaridades e seja bastante diferente ao contar, por exemplo, com divida pública elevada e fragilidades institucionais, economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast afirmam que o cenário de inflação baixa pode ser duradouro.

Esse ambiente pode, conforme os analistas, até dar margem para debates sobre redução na meta inflacionária para a faixa de 3% mais à frente.

Contudo, essa permanência da inflação em níveis nunca antes visto na história do País está atrelada, entre outros fatores, à condução da agenda de reformas.

Um cenário externo favorável, sem grandes modificações na taxa de câmbio, e a reorientação da política econômica e monetária são alguns dos fatores que estão permitindo o alívio inflacionário no Brasil, conforme a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif.

Além disso, ela acrescenta que a inflação brasileira se aproxima da média mundial pois o ciclo econômico está ficando cada vez mais aderente ao restante do mundo.

O economista Heron do Carmo, professor de Economia da FEA/USP, admite que a crise pronunciada provocou efeito benigno na economia, que é a possibilidade de o impacto na indexação ficar menor no ano que vem.

Para o economista, o grande problema do País é o fiscal "É uma questão estrutural que pode complicar. O que falta ser resolvido é o nó fiscal", afirmou Heron.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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