A indústria nacional conseguiu reverter a retração registrada em dezembro e cresceu 0,8% no primeiro mês de 2004. Em relação a janeiro de 2003, o aumento foi de 1,7%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10/9) pelo Instituto de Pesquisa e Geografia Estatística (IBGE), que apontou avanço em 17 das 20 regiões pesquisadas.

No entanto, a produção industrial se manteve estável na média trimestral e no acumulado dos últimos 12 meses que, por sinal, mostra uma ligeira desaceleração no ritmo de crescimento entre dezembro (0,3%) e janeiro (0,2%).

O crescimento observado entre dezembro e janeiro reflete, segundo o IBGE, o desempenhos das indústrias mecânica (que expandiu 4,5% depois de queda de 3,9% em dezembro) e química (que teve crescimento de 2,5% em janeiro, contra 0,8% em dezembro). Por categorias de uso, os bens de consumo duráveis foram o destaque. Cresceram 3% e atingiram o nível mensal de produção mais elevado desde dezembro de 2000.

Também foi dos bens duráveis a maior taxa de crescimento na comparação com janeiro de 2003: 8,6%. Entre eles, cresceu tanto a produção da indústria automobilística (14,4%), quanto a de eletrodomésticos (11,7%). O resultado positivo da produção de automóveis pode ser explicado pelo bom desempenho das vendas destinadas ao mercado externo, que registra, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), crescimento de 18,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.