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Indústria pode ajudar PIB em 2013, diz Bradesco

“Não temos dúvida quanto à recuperação da economia, mas será gradual”, disse Octavio de Barros

Indústria: Bradesco espera um crescimento da indústria em 2013 de 3,5% (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 17h59.

São Paulo – Se, em 2012, a indústria afetou negativamente o conjunto da economia brasileira, em 2013 ela poderá reverberar de forma positiva, segundo Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco .

Em 2011 o crescimento da produção industrial foi de 0,35%. O banco projeta uma queda de 2,5% em 2012. Para Octavio de Barros, a desaceleração industrial brasileira não se diferencia muito da global.

O banco espera uma retomada do crescimento da indústria em 2013, com um aumento de 3,5%. Essa crença baseia-se em fatores como o fim do ciclo de estoque, as políticas de estímulo implementadas, a desvalorização do real, os juros menores e as medidas protecionistas. Octavio de Barros destacou também a possível queda na tarifa de energia para as indústrias como um fator que poderia favorecer.

Assim como a indústria, a agricultura também deverá desempenhar um papel positivo na economia brasileira em 2013, segundo o banco. Entre os fatores que levariam a isso estão o recorde de área plantada com soja no Brasil e os elevados preços internacionais, em um cenário de seca nos Estados Unidos.

“Estamos na transição de uma fase de incerteza para uma fase de maior confiança”, afirmou Octavio de Barros. O banco observa uma mudança de atitude do governo a favor de iniciativas mais estruturantes e pragmáticas e mobilizando o setor privado. O economista destacou o crescimento no consumo e o mercado de trabalho aquecido.

Sobre o Programa de incentivos recentemente anunciado pelo governo, Octavio de Barros afirmou a medida foi vista positivamente no mercado. “O mais importante é certa mudança de atitude e capacidade de mobilização do setor privado. Está sendo percebido como um turning point na mobilização do setor privado, um certo reconhecimento de que o setor público não pode tudo”, afirmou.

Modelo de crescimento

Para Octavio de Barros, o modelo de crescimento brasileiro não está esgotado, mas novas fontes precisam entrar rapidamente em ação. Os pilares desse crescimento, como crédito farto e câmbio valorizado precisam ser reavaliados mas ainda estarão presentes, junto a um outro eixo de crescimento no Brasil.


Esse novo eixo deve incluir a busca de mais competitividade, o menor gasto de custeio do governo, reformas de produtividade e eficiência, foco em investimentos reais públicos e privados, menos juros e melhores condições de financiamento de médio e longo prazos, segundo o banco.

“Não temos dúvida quanto à recuperação da economia, mas será gradual”, disse o economista. Para ele, seria ingênuo pensar que o Brasil poderia pisar muito no acelerador enquanto o mundo pisa no freio. “Acreditamos que o Brasil fica preparado para um crescimento de 4% nos próximos anos”, afirmou.

Maiores riscos

O economista-chefe listou três grandes riscos para a economia: um conflito entre Israel e Irã – que obrigaria o Estados Unidos a entrar na batalha; uma grande desaceleração chinesa, que afetaria o Brasil, em especial, e, no cenário doméstico, uma frustração nos investimentos públicos e baixa mobilização do setor privado.

Octávio de Barros participou hoje do Encontro Bradesco Apimec 2012, realizado no Rio de janeiro.

São Paulo – Se, em 2012, a indústria afetou negativamente o conjunto da economia brasileira, em 2013 ela poderá reverberar de forma positiva, segundo Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco .

Em 2011 o crescimento da produção industrial foi de 0,35%. O banco projeta uma queda de 2,5% em 2012. Para Octavio de Barros, a desaceleração industrial brasileira não se diferencia muito da global.

O banco espera uma retomada do crescimento da indústria em 2013, com um aumento de 3,5%. Essa crença baseia-se em fatores como o fim do ciclo de estoque, as políticas de estímulo implementadas, a desvalorização do real, os juros menores e as medidas protecionistas. Octavio de Barros destacou também a possível queda na tarifa de energia para as indústrias como um fator que poderia favorecer.

Assim como a indústria, a agricultura também deverá desempenhar um papel positivo na economia brasileira em 2013, segundo o banco. Entre os fatores que levariam a isso estão o recorde de área plantada com soja no Brasil e os elevados preços internacionais, em um cenário de seca nos Estados Unidos.

“Estamos na transição de uma fase de incerteza para uma fase de maior confiança”, afirmou Octavio de Barros. O banco observa uma mudança de atitude do governo a favor de iniciativas mais estruturantes e pragmáticas e mobilizando o setor privado. O economista destacou o crescimento no consumo e o mercado de trabalho aquecido.

Sobre o Programa de incentivos recentemente anunciado pelo governo, Octavio de Barros afirmou a medida foi vista positivamente no mercado. “O mais importante é certa mudança de atitude e capacidade de mobilização do setor privado. Está sendo percebido como um turning point na mobilização do setor privado, um certo reconhecimento de que o setor público não pode tudo”, afirmou.

Modelo de crescimento

Para Octavio de Barros, o modelo de crescimento brasileiro não está esgotado, mas novas fontes precisam entrar rapidamente em ação. Os pilares desse crescimento, como crédito farto e câmbio valorizado precisam ser reavaliados mas ainda estarão presentes, junto a um outro eixo de crescimento no Brasil.


Esse novo eixo deve incluir a busca de mais competitividade, o menor gasto de custeio do governo, reformas de produtividade e eficiência, foco em investimentos reais públicos e privados, menos juros e melhores condições de financiamento de médio e longo prazos, segundo o banco.

“Não temos dúvida quanto à recuperação da economia, mas será gradual”, disse o economista. Para ele, seria ingênuo pensar que o Brasil poderia pisar muito no acelerador enquanto o mundo pisa no freio. “Acreditamos que o Brasil fica preparado para um crescimento de 4% nos próximos anos”, afirmou.

Maiores riscos

O economista-chefe listou três grandes riscos para a economia: um conflito entre Israel e Irã – que obrigaria o Estados Unidos a entrar na batalha; uma grande desaceleração chinesa, que afetaria o Brasil, em especial, e, no cenário doméstico, uma frustração nos investimentos públicos e baixa mobilização do setor privado.

Octávio de Barros participou hoje do Encontro Bradesco Apimec 2012, realizado no Rio de janeiro.

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