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Indústria da soja vê repetição de problemas nos portos

Segundo principais empresas do setor, investimentos em infraestrutura deverão ser sentidos apenas no médio prazo

Caminhão é carregado com grãos de soja colhidos na fazenda São Miguel, em Campo Verde, Brasil (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2013 às 17h43.

São Paulo - Os problemas operacionais registrados no últimos meses nos portos brasileiros durante o escoamento de uma safra de grãos recorde devem se repetir na próxima temporada, uma vez que investimentos em infraestrutura deverão ser sentidos apenas no médio prazo, afirmou nesta terça-feira a associação que reúne as principais empresas do setor de soja no país.

Os portos de Vitória (ES), Santos (SP), Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC), por onde o Brasil escoa a maior parte de sua safra agrícola, estão operando no limite da sua capacidade, disse a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), em um boletim.

"Os portos estão trabalhando com a capacidade máxima e precisam, de forma urgente, resolver os seus gargalos internos", disse o gerente de economia da entidade, Daniel Furlan Amaral, na nota.

Os principais problemas dentro dos portos são a falta de dragagem regular, o que impede a passagem de navios mais carregados, e a demora causada por equipes insuficientes de inspeção fitossanitárias, disse a Abiove.

Outra dificuldade são as rodovias e ferrovias de acesso aos terminais, complementou.

"O país ficou muitos anos sem investimentos adequados e levará algum tempo até que os atuais planos governamentais produzam os resultados esperados", disse o gerente.

Em junho o governo aprovou no Congresso e sancionou uma nova Lei dos Portos, que pretende destravar investimentos no setor e elevar a capacidade de movimentação de cargas no país. A primeira iniciativa concreta foi abrir uma consulta pública sobre 50 novos terminais privados, onde são esperados investimento de 11 bilhões de reais.

A Abiove cita o porto de Santos, apesar de seus problemas, como o mais competitivo do Brasil para a operação de grãos.

"Santos construiu instalações e condições de acesso por rodovias e ferrovias, apesar desses acessos ainda estarem longe do ideal. Assim, mesmo estando distante das regiões produtoras, acaba sendo o porto escolhido, pois no norte do país não há infraestrutura nessas condições", disse Amaral.

Em maio, no auge do escoamento da mais recente safra de grãos, o presidente do Conselho da Abiove, Manoel Pereira, disse que empresas do setor podem ter tido margens de lucro perto de zero ou negativas neste ano, afetadas por elevados custos de logística.

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São Paulo - Os problemas operacionais registrados no últimos meses nos portos brasileiros durante o escoamento de uma safra de grãos recorde devem se repetir na próxima temporada, uma vez que investimentos em infraestrutura deverão ser sentidos apenas no médio prazo, afirmou nesta terça-feira a associação que reúne as principais empresas do setor de soja no país.

Os portos de Vitória (ES), Santos (SP), Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC), por onde o Brasil escoa a maior parte de sua safra agrícola, estão operando no limite da sua capacidade, disse a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), em um boletim.

"Os portos estão trabalhando com a capacidade máxima e precisam, de forma urgente, resolver os seus gargalos internos", disse o gerente de economia da entidade, Daniel Furlan Amaral, na nota.

Os principais problemas dentro dos portos são a falta de dragagem regular, o que impede a passagem de navios mais carregados, e a demora causada por equipes insuficientes de inspeção fitossanitárias, disse a Abiove.

Outra dificuldade são as rodovias e ferrovias de acesso aos terminais, complementou.

"O país ficou muitos anos sem investimentos adequados e levará algum tempo até que os atuais planos governamentais produzam os resultados esperados", disse o gerente.

Em junho o governo aprovou no Congresso e sancionou uma nova Lei dos Portos, que pretende destravar investimentos no setor e elevar a capacidade de movimentação de cargas no país. A primeira iniciativa concreta foi abrir uma consulta pública sobre 50 novos terminais privados, onde são esperados investimento de 11 bilhões de reais.

A Abiove cita o porto de Santos, apesar de seus problemas, como o mais competitivo do Brasil para a operação de grãos.

"Santos construiu instalações e condições de acesso por rodovias e ferrovias, apesar desses acessos ainda estarem longe do ideal. Assim, mesmo estando distante das regiões produtoras, acaba sendo o porto escolhido, pois no norte do país não há infraestrutura nessas condições", disse Amaral.

Em maio, no auge do escoamento da mais recente safra de grãos, o presidente do Conselho da Abiove, Manoel Pereira, disse que empresas do setor podem ter tido margens de lucro perto de zero ou negativas neste ano, afetadas por elevados custos de logística.

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