São Paulo, 7 de julho (Portal EXAME) A indústria ligada ao setor de energia elétrica está acumulando prejuízos à espera do novo modelo e pediu agilidade e clareza ao governo na elaboração das regras do setor. Precisamos de uma transição clara, com regras que digam exatamente como será feita a expansão , disse Adilson Primo, vice-presidente da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib) e presidente da Siemens, durante sua palestra no Infra 2020. Entre os presentes estava Mauricio Tolmasquim, secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia.

No ano passado, a indústria voltada aos setores de GTDC (geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia) faturou 5 bilhões de reais. Para este ano, estima-se uma queda de 30% na receita. As empresas já operam com uma ociosidade de 40% e pelas expectativas de Primo, podem fechar o ano com uma ociosidade de 60%.

Os prejuízos da indústria refletem a paralisação dos investimentos na geração, distribuição e transmissão. Segundo estimativas do vice-presidente da Abdib, a espera de regras claras adia até mesmo a conclusão de projetos já em andamento e cerca de 17% das usinas licitadas estão paradas. O Infra 2020 é fórum que discute alternativas para o setor de infra-estrutura. Na edição deste ano, avalia a expansão do setor de energia elétrica.