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Indústria aumentará importação de matérias-primas neste ano

Real valorizado incentiva troca de insumos nacionais por estrangeiros. Intenção de importar é maior entre as grandes empresas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h55.

A indústria aumentará a importação de matérias-primas neste ano, incentivada pela valorização do real frente ao dólar. A disposição é maior entre as grandes empresas e as que já utilizam alguma parcela de insumos importados em sua produção, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quinta-feira (1º/6). A CNI alerta que a substituição de produtos comprometerá o desempenho dos segmentos brasileiros que produzem bens intermediários.

Nas empresas em que os insumos importados já representam de 51% a 70% do total de matérias-primas, a CNI encontrou a maior disposição para elevar os pedidos do exterior, à frente da parcela que utiliza de 31% a 50% de componentes importados em sua linha de produção. As companhias que mantêm um baixo nível de importação (entre 15% e 9%) são as menos propensas a ampliar o espaço desses insumos. O motivo, segundo a CNI, é que as grandes companhias e as que utilizam intensamente artigos importados já contam com fornecedores, logística e experiência para ampliar, rapidamente, as encomendas. Já as demais terão mais dificuldades para localizar fornecedores e redes de transporte.

Para 2006, 28% das empresas que já importam insumos pretendem aumentar seu uso. Mas, entre as que não utilizam nenhuma matéria-prima do exterior, 10,6% querem iniciar a prática neste ano. A tendência é mais pronunciada entre as grandes empresas: destas, 13,3% que ainda não importam pretendem substituir algum item nacional nos próximos seis meses. Entre as pequenas e médias, a taxa é de 10,2%.

Dos 26 setores produtivos pesquisados, 16 desejam trazer mais matérias-primas do exterior, com destaque para os setores de máquinas e materiais elétricos, farmacêuticos, produtos de metal e material eletrônico e de comunicação. Entre os setores que não utilizam ou consomem poucos importados, a disposição em acessar fontes externas de matéria-prima é maior entre os fabricantes de produtos de metal (27%), máquinas e equipamentos (23%) e calçados (20%).

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