Índices da economia americana ainda preocupam
Mais uma notícia pouco animadora para a economia dos Estados Unidos: os pedidos de auxílio-desemprego - índice que mede o ritmo de demissões - voltaram a crescer. Na semana encerrada em 22 de fevereiro, o número de pedidos subiu para 417 mil, contra 406 mil pedidos na semana anterior. A média quadrissemanal - menos volátil […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h30.
Mais uma notícia pouco animadora para a economia dos Estados Unidos: os pedidos de auxílio-desemprego - índice que mede o ritmo de demissões - voltaram a crescer. Na semana encerrada em 22 de fevereiro, o número de pedidos subiu para 417 mil, contra 406 mil pedidos na semana anterior.
A média quadrissemanal - menos volátil do que o resultado da semana - também continua crescendo: foi para 399 750 mil pedidos. Na quadrissemana anterior foram registrados 395 750 pedidos.
Foram divulgadas hoje (27/02), pelo Departamento de Comércio americano, as encomendas de bens duráveis feitas em janeiro. A notícia aqui é boa: as encomendas ficaram 3,3% acima das expectativas de analistas de Wall Street. Foi o maior aumento desde julho do ano passado.
A economia americana não teve um bom início de ano. A alta no déficit da balança comercial que ficou em 44,2 bilhões de dólares - o maior déficit comercial acumulado em doze meses (435,2 bilhões de dólares) da história do país, quase o PIB do Brasil.
Outro índice negativo foi o de inflação ao produtor apresentou uma alta de 1,6% no mês de janeiro, puxado principalmente pelo aumento de 4,8% na energia e de 1,6% nos alimentos. O núcleo da inflação que desconta esses dois itens por serem muito voláteis também apresentou uma expressiva alta de 0,9%. Essa foi a maior inflação ao produtor desde 1990.
Para a consultoria GlobalInvest, a baixa confiança do consumidor é um dos fatores pelo qual a maior alta do índice de inflação do produtor ainda não foi repassada para o índice do consumidor. Afetado pelas incertezas em relação a uma possível guerra contra o Iraque, índice de confiança do consumidor caiu novamente em fevereiro (para 64 pontos), depois de ter batido o recorde de baixa em janeiro (78,8 pontos). "Como trata-se de um indicador que capta a expectativa futura dos consumidores, é possível que os americanos não irão aumentar seus gastos enquanto não diminuírem as incertezas quanto à guerra - o que dificulta o reaquecimento da economia do país", diz o relatório da GlobalInvest.