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Indicador de confiança do consumidor cai para mínima recorde

Na divisão geográfica, a confiança dos consumidores do Sudeste caiu para 90 pontos em junho, de 97 pontos em maio, também registrando uma mínima recorde

Valores acima de 100 pontos indicam otimismo, enquanto resultados abaixo dessa marca mostram pessimismo. Em junho do ano passado, a confiança era de 140 pontos (Noel Hendrickson/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2015 às 16h30.

Brasília - O índice nacional de confiança do consumidor calculado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) caiu para 100 pontos em junho, ante 105 pontos em maio, atingindo o menor nível desde que a pesquisa foi iniciada, em abril de 2005.

Valores acima de 100 pontos indicam otimismo, enquanto resultados abaixo dessa marca mostram pessimismo. Em junho do ano passado, a confiança era de 140 pontos.

"A queda na confiança do consumidor tem sido drástica desde o começo do ano. Ela nunca esteve tão perto do campo do pessimismo quanto agora. Por isso, é cada vez mais urgente que a economia receba uma pesada injeção de ânimo para reativar os setores que sofrem com os resultados negativos dos indicadores", analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Na divisão geográfica, a confiança dos consumidores do Sudeste caiu para 90 pontos em junho, de 97 pontos em maio, também registrando uma mínima recorde.

No Estado de São Paulo, a confiança recuou para 80 pontos, outro patamar inédito de queda. Na Região Sul, a confiança cedeu para 100 pontos, de 107 pontos. Já no Norte/Centro-Oeste, o índice teve retração para 109 pontos, de 111 pontos. E no Nordeste houve baixa para 111 pontos, de 115 pontos.

"No Nordeste, o consumidor ainda mostra-se confiante, sobretudo em função dos programas sociais. No Sul, Norte e Centro-Oeste, as quedas podem ser explicadas, em parte, pela depreciação das commodities", analisa o presidente da ACSP.

Em relação aos grupos socioeconômicos, a classe AB se mantém como a mais pessimista, com o índice de confiança caindo para 81 pontos, de 84 pontos. Na classe C, o indicador passou para 103 pontos, de 108 pontos; e na classe DE houve retração para 109 pontos, de 116 pontos.

Quando perguntados se sua situação financeira atual é boa, apenas 29% dos entrevistados responderam que sim em junho (ante 34% em maio).

Já 46% responderam que a situação é ruim, ante 40% um mês antes. Em relação ao futuro, a percepção é um pouco melhor: 39% acreditam que estarão numa situação financeira melhor (eram 40% em maio). Por outro lado, 25% se veem em um futuro pior (de 23% em maio).

Em junho, 24% dos entrevistados disseram se sentir seguros no emprego (ante 26% em maio), enquanto 46% expressaram insegurança (de 41% um mês antes).

Por fim, a pesquisa quis saber a propensão do consumidor a comprar eletrodomésticos. Apenas 22% pensam em adquirir produtos desse tipo. Ao mesmo tempo, 58% disseram não estar à vontade para realizar essas compras.

"Nos bens de maior valor, a relação é de 16% mais à vontade e 64% menos à vontade. E isso pode ser visto no atual momento de crise vivido pelos setores de carros e imóveis", diz Burti.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipsos entre os dias 14 e 30 de junho, a partir de 1,2 mil entrevistas domiciliares, em 72 municípios do País, por amostra representativa da população brasileira de áreas urbanas, com seleção probabilística de locais de entrevista e cotas de escolha do entrevistado, ambas baseadas em dados oficiais do IBGE .

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Brasília - O índice nacional de confiança do consumidor calculado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) caiu para 100 pontos em junho, ante 105 pontos em maio, atingindo o menor nível desde que a pesquisa foi iniciada, em abril de 2005.

Valores acima de 100 pontos indicam otimismo, enquanto resultados abaixo dessa marca mostram pessimismo. Em junho do ano passado, a confiança era de 140 pontos.

"A queda na confiança do consumidor tem sido drástica desde o começo do ano. Ela nunca esteve tão perto do campo do pessimismo quanto agora. Por isso, é cada vez mais urgente que a economia receba uma pesada injeção de ânimo para reativar os setores que sofrem com os resultados negativos dos indicadores", analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Na divisão geográfica, a confiança dos consumidores do Sudeste caiu para 90 pontos em junho, de 97 pontos em maio, também registrando uma mínima recorde.

No Estado de São Paulo, a confiança recuou para 80 pontos, outro patamar inédito de queda. Na Região Sul, a confiança cedeu para 100 pontos, de 107 pontos. Já no Norte/Centro-Oeste, o índice teve retração para 109 pontos, de 111 pontos. E no Nordeste houve baixa para 111 pontos, de 115 pontos.

"No Nordeste, o consumidor ainda mostra-se confiante, sobretudo em função dos programas sociais. No Sul, Norte e Centro-Oeste, as quedas podem ser explicadas, em parte, pela depreciação das commodities", analisa o presidente da ACSP.

Em relação aos grupos socioeconômicos, a classe AB se mantém como a mais pessimista, com o índice de confiança caindo para 81 pontos, de 84 pontos. Na classe C, o indicador passou para 103 pontos, de 108 pontos; e na classe DE houve retração para 109 pontos, de 116 pontos.

Quando perguntados se sua situação financeira atual é boa, apenas 29% dos entrevistados responderam que sim em junho (ante 34% em maio).

Já 46% responderam que a situação é ruim, ante 40% um mês antes. Em relação ao futuro, a percepção é um pouco melhor: 39% acreditam que estarão numa situação financeira melhor (eram 40% em maio). Por outro lado, 25% se veem em um futuro pior (de 23% em maio).

Em junho, 24% dos entrevistados disseram se sentir seguros no emprego (ante 26% em maio), enquanto 46% expressaram insegurança (de 41% um mês antes).

Por fim, a pesquisa quis saber a propensão do consumidor a comprar eletrodomésticos. Apenas 22% pensam em adquirir produtos desse tipo. Ao mesmo tempo, 58% disseram não estar à vontade para realizar essas compras.

"Nos bens de maior valor, a relação é de 16% mais à vontade e 64% menos à vontade. E isso pode ser visto no atual momento de crise vivido pelos setores de carros e imóveis", diz Burti.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipsos entre os dias 14 e 30 de junho, a partir de 1,2 mil entrevistas domiciliares, em 72 municípios do País, por amostra representativa da população brasileira de áreas urbanas, com seleção probabilística de locais de entrevista e cotas de escolha do entrevistado, ambas baseadas em dados oficiais do IBGE .

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