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Indicador antecedente de emprego recua em junho, diz FGV

IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, apresentou recuo de 2,4 pontos e chegou a 96,9 pontos

Carteira de trabalho: indicador que retrata o ímpeto de contratações na indústria nos três meses seguintes caiu 10,3 pontos em junho (Agência Brasil/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 6 de julho de 2017 às 08h34.

São Paulo - As incertezas políticas que abalam o país levaram o mercado de trabalho brasileiro a piorar pelo segundo mês consecutivo, com o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentando em junho perda do ímpeto de contratação.

De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira, o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, apresentou recuo de 2,4 pontos e chegou a 96,9 pontos, no segundo mês seguido de perdas.

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"O recuo mostra que o aumento da incerteza na economia está reduzindo as expectativas quanto à contratação futura, como pode ser visto na queda do ímpeto de contratação nos próximos três meses pela indústria", disse em nota o economista da FGV/IBRE Fernando de Holanda Barbosa Filho.

O IAEmp mostrou que o indicador que retrata o ímpeto de contratações na indústria nos três meses seguintes caiu 10,3 pontos em junho sobre o mês anterior.

O segundo maior peso veio do indicador que mede as expectativas com a tendência dos negócios do setor de serviços nos seis meses seguintes, com recuo de 6,8 pontos.

Já o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, perdeu 0,7 ponto em junho e foi a 96,6 pontos.

"O recuo do ICD ocorre de forma consistente com os recuos recentes da taxa de desemprego, indicando que o mercado de trabalho teria passado pelo fundo do poço. Obviamente, uma possível perda da governabilidade por parte do governo, pode reverter esta tendência", completou Barbosa Filho

A incerteza política no país deriva da denúncia contra o presidente Michel Temer pelo crime de corrupção passiva com base nas delações de executivos da JBS. Na quarta-feira, os advogados do presidente entregaram a defesa escrita dele contra a denúncia, pedindo que a Casa não autorize o STF a julgar a acusação criminal contra o presidente.

A taxa de desemprego no Brasil caiu a 13,3 por cento no trimestre até maio diante do aumento da população ocupada, mesmo em ambiente de incerteza no país diante da crise política que vem afetando a confiança de forma generalizada, segundo dados do IBGE.

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