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Incertezas não atrapalham e Brasil capta US$ 1 bilhão

Risco-país em queda ajuda a conquistar a confiançado investidor estrangeiro

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h55.

As incertezas que costumam acompanhar a economia em anos eleitorais não chegarão a atrapalhar as captações do país no mercado internacional. A maratona começou nesta terça-feira (10/1), com a emissão de bônus que vencem em 2037 e que ajudarão o Brasil a engordar suas reservas em 1 bilhão de dólares.
Na opinião do economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, o ano de 2005 foi a prova de fogo para o Brasil. "Mesmo com todas os escândalos, numa das maiores crises políticas do país, o Tesouro Nacional conseguiu obter bons resultados com a emissão de bônus. Ou seja, os investidores confiaram no ambiente econômico", diz Agostini.

No ano passado, o Tesouro fez dez emissões de bônus, mais do que em 2004, que fechou com sete emissões. A última havia sido em novembro, quando foram captados 500 milhões de reais. Apesar de as emissões aumentarem a dívida externa do país, a vantagem é que a maior parte delas têm vencimento de longo prazo.

Agostini lembra que o risco-país vem caindo consideravelmente. Esse fato, aliado ao pagamento antecipado da dívida com o Fundo Monetário Internacional , ajuda a atrair os investidores estrangeiros. "Além disso, o governo americano já deu sinais de que os juros não devem mais subir, o que torna os papéis do Brasil mais atraentes", diz o economista.

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A operação de hoje faz parte de um pacote de 9 bilhões de dólares a serem captados até 2007. Desse total, faltam 500 milhões de dólares. "Com a captação desta terça-feira, o Brasil praticamente definiu suas necessidades. Talvez haja apenas mais uma operação este ano", diz Alexandre Audi, responsável pela área de global markets do Deutsche Bank, que intermediou a emissão, juntamente com o banco UBS.

Segundo Audi, o Brasil está em uma posição "extremamente confortável". Como faltam poucos papéis a serem emitidos nos próximos anos, os investidores estrangeiros tendem a valorizá-los. "A escassez pode levar a um resultado ainda melhor", diz Audi.

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