Incerteza com a economia cai 10,7 pontos, aponta indicador da FGV
Para a FGV, a queda pode ser reflexo do avanço na reforma da Previdência, com a aprovação da proposta no primeiro turno na Câmara dos Deputados
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de julho de 2019 às 11h41.
Última atualização em 31 de julho de 2019 às 11h42.
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getúlio Vargas caiu 10,7 pontos em julho ante junho, registrando 108,4 pontos, menor nível desde fevereiro de 2018, quando o índice ficou em 104,3 pontos.
Para a FGV, a queda pode ser reflexo do avanço na reforma da Previdência , com a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) no primeiro turno de votação na Câmara dos Deputados.
"Embora não se disponha de evidência empírica irrefutável, a redução da incerteza econômica em julho parece estar relacionada com a aprovação do texto da Reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara e a subsequente divulgação de novos itens da agenda econômica", diz a nota divulgada nesta quarta-feira, 31, pela FGV .
A nota destaca ainda que "o aumento da probabilidade de uma redução de juros nos EUA também contribuiu para um ambiente menos incerto".
O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA. Em julho, houve queda nos dois componentes.
"O componente de Mídia recuou 9,2 pontos entre junho e julho de 2019, contribuindo com -8,1 pontos para o resultado agregado. O componente de Expectativa também registrou queda no valor de 12,1 pontos no mesmo período, contribuindo com -2,6 pontos para o comportamento final do indicador", diz a nota da FGV.
A coleta do IIE-Br é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 24 do mês de referência.